Suínos: Manejo na fase de transição

Uma das fases mais desafiadoras para o suíno é a fase de transição, período quando ocorre o desmame. Veja como evitar o prejuízo!

Esta época é fundamental para o resultado final de saída de creche e para o desempenho na fase de terminação.

É nesta fase que, através das técnicas de manejo além das nutricionais, vamos minimizar os efeitos negativos do desmame, onde vão acontecer as maiores mudanças da vida dos leitões (separação da mãe, troca de alimentação líquida para sólida, troca de ambiente, misturas com outras leitegadas, alterações de temperatura e de iluminação, entre outras).

Somado a isto, também temos o desafio mercadológico de produzir com menor uso de medicamentos e promotores de crescimento (redução de resistência a antibióticos) e do uso alguns minerais (minimizar a contaminação do solo), o que aumenta nossos cuidados na aplicação do manejo.

ALOJAMENTO NO MANEJO DE SUÍNOS

A partir deste momento, é importante que os leitões sejam alojados em uma instalação devidamente lavada, desinfetada e seca a pelo menos 48 horas. Também precisamos verificar que todos os equipamentos (pisos, grades, cortinas, motores, portas, portões, fornalhas, exaustores, comedouros e bebedouros) estejam funcionando plenamente e com suas manutenções em dia. Da mesma forma, é importante revisar os controles de roedores e de insetos, colocando as iscas em locais adequados e em que os leitões não tenham acesso.

O alojamento propriamente dito deve ser feito com muita calma, respeitando as normas de bem-estar animal em uma sala previamente aquecida à 30⁰C, colocando os leitões em baias com espaço suficiente e, se possível, com “brinquedos” para distração dos mesmos.

Como recomendação, para diminuir o estresse para produção com uso mínimo de antimicrobianos, mistura-se 1 a 2 leitegadas no máximo e separa-se os 10% dos leitões menores e os leitões doentes e/ou machucados durante o transporte.

Para maximizar o consumo de ração é necessário garantir o fornecimento de água, checando os filtros, dosadores, nebulizadores, altura do bebedouros e quantidade de bebedouros por grupo de leitões. Também é importante verificar a vazão e a pressão da água dos bebedouros e a potabilidade da mesma.

NUTRIÇÃO NO MANEJO DE LEITÕES

Para o arraçoamento, além da excelente qualidade da nutrição que vão ingerir nesta fase, é preciso verificar o adequado espaço do leitão para cada tipo de cochos que vamos utilizar (lineares, automáticos, com ou sem água). Outro cuidado é de manter a ração fresca, colocando 2 vezes ao dia e na quantidade ou regulagem do cocho para não ter restrição ou desperdício de ração.

Temos que ter atenção redobrada com os leitões mais novos e leves do lote, que correspondem de 10 a 15% do total e que têm dificuldade de ingestão de água e ração, tornando-os animais de baixo desenvolvimento e mais suscetíveis às enfermidades. Neste caso, a adequada hidratação e fornecimento de ração de alta densidade úmida seca, diversas vezes ao dia, é muito importante na primeira semana do desmame.

Fonte: Nutron

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