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Tem pecuarista recebendo R$ 340/@; Veja o que esperar do boi!

Mercado do boi gordo segue “sem referência” e, para complicar ainda mais o cenário, mas tem pecuarista com o “boi na sombra” com valor de R$ 340/@; Como pode isso?

O mercado físico do boi gordo segue com grande instabilidade. O boi do segundo giro de confinamento está começando a entrar nas praças de negociações e as estimativas em número não são claras. Além disso, o número de cabeças a ser entregues, e negociadas há alguns meses, dos contratos a termo, é uma incógnita.

Na abertura dessa semana, o mercado físico do boi gordo não conseguiu oferecer resistência ao movimento baixista e registrou novos ajustes nos preços da arroba em algumas praças pecuárias brasileiras. As praças de Rondônia e Mato Grosso, são as que apresentam maior diferencial de base em relação as praças paulistas – que também seguem com grande recuo.

Nos dois casos – volume de animais confinados e Boi a Termo – o tamanho dessa oferta casada marcará o desempenho dos preços do boi. Lembrando que, apesar do grande impacto desses fatores, a maior preocupação esta no com consumo interno fraco e exportações sustentadas.

Em julho, a Scot Consultoria estimava 5,4 milhões de cabeças em 2022, acima dos números de 2021, de animais alimentados em curral, nos dois giros, de 90 dias cada, entre o primeiro e o segundo que começava naquele mês. Entretanto, o novo levantamento realizado pela DSM, aponta que o país deve confinar cerca de 6 milhões de cabeças, volume esse que é menor em relação ao observado no ano anterior.

No confinamento do primeiro semestre, as condições para o confinador foram mais desfavoráveis. Para o segundo, foi sendo sentida uma melhora, com o boi magro caindo um pouco de valor e o custo com nutrição recuando a patamares mais favoráveis, sendo comandados pela safrinha de milho de inverno mais encorpada.

Vale lembrar que os valores da arroba não atingiram preços firmes, embora pouco melhores, nem durante a entressafra de capim. Alguns pecuaristas estavam com animais represados, a espera de melhores preços e foram forçados a ofertar os lotes com a piora da oferta de pastagem.

Em plena entressafra, os preços do boi gordo cederam e dificilmente encontram suporte para movimentos de altas.

Outro ponto que tem dado maior tranquilidade as indústrias é o maior volume de fêmeas que estão sendo descartadas. Foi observado um aumento no número de abates de vacas e novilhas. Linkado a todo esse cenário, os grandes frigoríficos já aprenderam a trabalhar abaixo da sua capacidade de abate e, quando precisam, lançam mão de férias coletivas.

boi gordo em clima de natal
Foto: Divulgação

Lembremos que no Mato Grosso, ao final de agosto, quando a JBS deu férias coletivas em seis plantas, Francisco Manzi, superintendente da Acrimat (entidade dos criadores do estado), disse que a oferta regional estava boa, o que impactou mais ainda o derretimento dos preços.

Segundo divulgado por Giovanni Lorenzon, há um acumulado de alta de mais de 70% no custo diário do confinamento, por cabeça, em 12 meses, a relação de troca não é favorável a todos. Os grandes pecuaristas com contratos a termo, com bois basicamente para o mercado externo, devem ser melhor beneficiados.

Mercado físico e pecuaristas vendendo a R$ 340,00/@

Neste contexto, o avanço da segunda quinzena de mês eleva a cautela dos compradores de gado, por se caracterizar como período mais fraco para escoamento no mercado interno, devido ao menor poder aquisitivo da população brasileiro (por causa do maior distanciamento do pagamento dos salários, sempre no início do mês).

Dessa maneira, o macho terminado “comum” (destinado ao mercado doméstico) segue valendo R$ 282/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 265/@ e R$ 275/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “Boi-China” está cotado em R$ 285/@ (preço bruto e a prazo) em São Paulo, acrescenta a Scot.

É preciso ressaltar que os mecanismos de proteção – Boi a Termo e Mercado Futuro (B3) – ainda são pouco utilizados pelos pecuaristas brasileiros. Aqueles que já entenderam a grande importância dessas ferramentas, estão com o “boi na sombra” e, mesmo após essas variação negativa do boi gordo, conseguiram garantir valores médios de R$ 340/@ (Valor do Contrato no dia 15 de junho com vencimento para outubro).

Exportações

O Brasil exportou até a segunda semana de outubro 91.159 toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, com média diária de 10.128 toneladas, de acordo com dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.

Este volume é 146,4% maior do que o verificado em igual mês do ano passado, quando a média foi de 4.109 toneladas por dia.

O faturamento no período foi de US$ 540,72 milhões. Na comparação diária, o valor de US$ 5,93 milhões é 14,9% maior do que a média diária de US$ 5,16 milhões de um ano antes.

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