Tempestade Akará: conheça os riscos do fenômeno no Brasil

A tempestade tropical Akará marca um evento significativo, sendo o primeiro ciclone a ser nomeado no Brasil desde a tempestade subtropical Yakecan, em maio de 2022; entenda melhor sobre o fenômeno

Um evento meteorológico excepcional tem chamado a atenção na costa brasileira nos últimos dias. O ciclone tropical Akará, nomeado no domingo (18), fez a transição de subtropical para tropical, algo considerado raro nessas latitudes, antes de se tornar uma tempestade. Akará, que significa “espécie de peixe” em Tupi antigo, em nomenclatura dada pela Marinha do Brasil, continua atuando ao largo da região Sul do País, sem se aproximar efetivamente do continente.

A previsão meteorológica indica que a tempestade tropical Akará não terá influência direta na chuva ou em ventos fortes no continente brasileiro. No entanto, a empresa brasileira de meteorologia Climatempo alerta para os ventos fortes que a tempestade pode causar sobre o oceano, deixando o mar agitado na costa do Sul e do Sudeste. Os navegantes são aconselhados a ficar atentos aos avisos da Marinha do Brasil.

É importante destacar que, embora Akará tenha atingido o estágio de tempestade tropical, não há expectativa de que se intensifique para se tornar um furacão, de acordo com análises da Climatempo e da Metsul. O fenômeno deve continuar sua trajetória para o Sul, afastando-se cada vez mais do continente, e espera-se que se dissipe completamente nos próximos dias, sem representar perigo em terra firme.

Por que o nome Akará?

A tempestade recebeu o nome Akará de acordo com os protocolos da Marinha do Brasil. Apenas tempestades tropicais e subtropicais recebem nomes, e cabe à Marinha batizar essas baixas pressões atmosféricas especiais. O Akará é o nome indígena do acará, uma espécie de peixe de rio encontrado na região amazônica e em outros rios do Brasil. A escolha do nome Akará reflete a diversidade e riqueza cultural do país, conectando-se com elementos da natureza brasileira.

Ciclones no Brasil

Os ciclones tropicais e subtropicais são fenômenos relativamente raros na costa brasileira. Isso se deve à necessidade de três ingredientes básicos para sua formação: alta temperatura da superfície do mar, muita umidade próxima da superfície e a presença de um ciclone frio nos médios níveis da atmosfera. A ocorrência simultânea e favorável desses fatores não é comum nessas latitudes, tornando esses sistemas raros.

Por outro lado, os ciclones extratropicais são mais comuns, pois seus ingredientes fundamentais, como variação de temperatura na horizontal perto da superfície e frentes frias, ocorrem com mais frequência na atmosfera brasileira.

Registro de tempestades no Brasil

A tempestade tropical Akará marca um evento significativo, sendo o primeiro ciclone a ser nomeado no Brasil desde a tempestade subtropical Yakecan, em maio de 2022. Antes de Akará, desde 2011, somente uma tempestade havia sido registrada com esse nível de intensidade. O monitoramento desses eventos é crucial para entender melhor os padrões climáticos e os possíveis impactos na região.

Dessa forma, o fenômeno se torna um lembrete das complexidades e da diversidade dos fenômenos meteorológicos que podem ocorrer na costa brasileira. Embora não represente uma ameaça imediata, sua formação e evolução fornecem insights valiosos para os cientistas e meteorologistas, ajudando a aprimorar os sistemas de previsão e a compreender melhor os padrões climáticos locais e globais. Ao mesmo tempo, ressalta a importância da vigilância e preparação para lidar com eventos meteorológicos extremos, garantindo a segurança das comunidades costeiras e dos navegantes.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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