
Touros Brangus para repasse no Brasil Central. É melhor produzir esse animal dentro da minha propriedade para obter animais mais adaptados?
No nosso dia a dia como técnicos, recebemos muitas perguntas. Quando o assunto é a raça Brangus, alguns questionamentos em relação a utilização de touros para o repasse das fêmeas chamam a atenção.
“É melhor produzir esse touro dentro da minha propriedade para obter animais mais adaptados? Minha fazenda fica no Brasil central, como faço para produzir essa raça?”
Para responder essas perguntas, primeiro, temos que entender que estamos falando de uma raça sintética de 5/8 de grau de sangue Angus e 3/8 de grau de sangue Zebu.
A curto prazo, talvez a melhor opção seja comprar touros de fazendas que já realizam seleção dentro da raça Brangus, já que não é um trabalho simples, produzir uma raça pura sintética do dia para a noite.
A longo prazo produzir esse animal dentro da fazenda, com certeza, pode ser uma opção, visto que a produção dos animais será voltada para o foco de produção da fazenda. Para isso, temos três caminhos, conforme ilustrado abaixo:

Através do modelo clássico teremos o puro sintético mais rápido que no modelo absorvente, porém, as chances de segregação na produção são maiores.
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No absorvente temos animais Brangus sendo acasalados em todas as gerações, fixando melhor o grau de sangue da raça e, consequentemente, obtendo maior padronização em sua progênie. Ainda no absorvente, gastaremos em média, para obter esse puro sintético 16 anos, enquanto no modelo clássico gastaremos, em média, 12 anos.
Dessa forma, não existe o melhor ou pior caminho. Na verdade, existe aquele que melhor se encaixa dentro da realidade de cada propriedade.
Por Luiza Mangucci, Técnica de Corte Alta