Ucrânia vê aceleração das inspeções como chave para acordo de grãos

Três importantes portos ucranianos do Mar Negro na região de Odesa foram desbloqueados em julho sob uma iniciativa entre Moscou e Kiev.

 Os esforços da Ucrânia para aumentar as exportações sob o acordo de grãos do Mar Negro com a Rússia estão atualmente focados em garantir inspeções mais rápidas de navios, em vez de incluir mais portos na iniciativa, disse um alto funcionário ucraniano nesta quarta-feira.

A Ucrânia é um grande produtor e exportador global de grãos, mas a produção e as exportações caíram desde que a Rússia invadiu o país em fevereiro passado e começou a bloquear seus portos marítimos.

Três importantes portos ucranianos do Mar Negro na região de Odesa foram desbloqueados em julho sob uma iniciativa entre Moscou e Kiev mediada pelas Nações Unidas e a Turquia. Pelo acordo, todos os navios são inspecionados por equipes conjuntas no Bósforo.

Kiev acusa a Rússia de realizar as inspeções muito lentamente, causando semanas de atrasos nos navios e reduzindo o fornecimento de grãos ucranianos aos mercados estrangeiros. A Rússia negou ter retardado o processo.

“A Ucrânia se concentra em normalizar as inspeções, em vez de abrir novos portos”, disse o alto funcionário ucraniano.

Referindo-se a um porto que não faz parte do pacto, o responsável disse: “Por que abrir o porto de Mykolaiv se ao atual ritmo de exportação podemos fechar metade dos portos de Odesa, que já estão abertos?”

A Ucrânia exportou cerca de 7 milhões de toneladas de produtos agrícolas em setembro e outubro e 6 milhões em novembro, mas os embarques caíram drasticamente para menos de 4 milhões em dezembro. Kiev atribui a queda a uma desaceleração das inspeções.

O Ministério da Infraestrutura da Ucrânia disse na terça-feira que nenhum novo navio deveria chegar ao país para carregamento.

A pasta disse ainda que 94 navios aguardavam inspeção no Bósforo, incluindo 69 navios vazios para carregamento e 25 que já haviam sido carregados com produtos agrícolas.

Os navios estão esperando em média mais de um mês, disse o ministério.

Fonte: Reuters

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