Uruguai exportará gado leiteiro para China

De acordo com periódico uruguaio, em abril serão embarcados mais de quatro mil animais entre bezerras e novilhas da raça holandesa.

Segundo fontes, em meados de abril, 4.200 bezerras e novilhas serão transportadas através de navio para a China. A empresa responsável pela transação e operação será a AgroSocio, empresa uruguaia que opera no mercado exterior desde 2000.

A empresa será responsável pela compra de bezerras e novilhas com dente de leite pesando até 190 quilos até março de 2020. “Os valores variam de US $ 480 a US $ 550 por cabeça, dependendo do peso e das condições de entrega”, disse a Rádio Rural Juan Martín Scasso, sócio-gerente da AgroSocio, ao Radio Change Time.

A empresa operará através de uma empresa australiana com a qual trabalha há 15 anos e já concluiu vários embarques de gado leiteiro vivo para a China.

Via Blasina y Asociados

Em 2018, Brasil teve recorde na exportação de gado vivo

O movimento já era previsto pela ABREAV – Associação Brasileira dos Exportadores de Animais Vivos, conta Ricardo Barbosa – presidente, que complementa mostrando uma projeção que até o final deste ano mais 60 mil animais ainda serão exportados, fechando um total de 750 mil.

Entre os meses de janeiro e outubro deste ano, o Brasil exportou 693.713 bovinos vivos, um aumento significativo de mais de 70% em relação ao período, comparado ao ano de 2017 (400.660).

“Cada exportador atua de maneira individual em busca de novos negócios. Novos mercados estão sendo consolidados, não é um processo fácil, mas o desempenho vem sendo positivo, resultante de uma parceria entre os setores privado e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), baseado na sanidade, bem-estar animal, além da qualidade que o rebanho nacional vem apresentando”, enaltece Ricardo Barbosa, presidente da ABREAV.

Ricardo ainda complementa da dificuldade em desmitificar a imagem do Brasil no cenário externo, quando o assunto é sanidade. “Quebramos alguns paradigmas para mudar a percepção mundial. Quando os importadores conhecem o nosso trabalho, percebem que a realidade é bem diferente daquela que imaginavam, e este é o foco da ABREAV, lutar pela classe, viabilizar o processo da exportação e levar a bandeira do nosso país”.

Hoje, o Brasil ocupa a segunda posição do ranking mundial de exportação de bovinos vivos por via marítima, ficando atrás apenas da Austrália e a quarta posição no ranking geral.

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