Lula, o ex-presidente e ex-presidiário, comenta, em um vídeo divulgado nas redes sociais, sobre os atuais preços da carne bovina, qual sua opinião?
Um vídeo tem circulado de forma maciça na internet e levantado grandes debates. Nele, o ex-Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, reclama da “ganância” das indústrias brasileiras em “mandar” toda a carne para o mercado externo e dos atuais preços praticados nas gôndolas dos supermercados.
Ainda segundo Lula, é um absurdo que o povo não possa ter direito de comer carne todos os dias. Os preços atuais não permitem nem que seja comprado 1 kg de carne moída. Ele ainda ressalta, durante o vídeo, que durante o seu governo o “povo pobre” tinha orgulho de comprar picanha para fazer um churrasco com a família.
Assista abaixo o vídeo e deixe seu comentário e compartilhamento:
A ignorância do ex-presidente
Vamos nos atentar a alguns fatos que o ex-presidente usou de forma equivocada e sem embasamento. Antes de tudo, percebesse durante o vídeo a falta de conhecimento e “ignorância” dele sobre o tema.
O Brasil exporta cerca de 30-35% da carne que produz, a outra parcela é destinada ao mercado interno. Outro erro na fala do presidente é que os preços atuais não culpa do Governo atual, mas do rombo financeiro deixado por governos anteriores e, claro, pela lei da oferta e demanda.
Atualmente, existe uma escassez de bois para abate, resultado de uma grande volume de fêmeas abatidas em anos anteriores, trazendo agora uma menor oferta de animais para reposição e consequentemente um menor volume de animais para terminação.
Outro ponto que precisa ser levado em consideração é o envolvimento de Lula com uma das maiores empresas produtoras de carne do país, a JBS. Sendo assim, por que ele não usa sua “amizade” para pedir que abaixem os preços da carne para o povo?
Ao meu ver, nada mais parecesse do que uma vontade infinita de levantar a desordem e culpar os outros pela falta de “política e honestidade” que ele mesmo não teve durante o seu governo.
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Preços praticados no atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina tiveram um dia de acomodação. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por pontual alta dos preços. Mas o ponto de inflexão permanece na demanda doméstica, uma vez que o consumidor médio está descapitalizado, avaliando a incidência de despesas corriqueiras a essa época do ano, como o IPVA, IPTU a compra do material escolar. “Somado a isso, precisa ser considerado o término do auxílio emergencial que altera a dinâmica do consumo de base, assinala Iglesias.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,50 o quilo, enquanto a ponta de agulha seguiu em R$ 15,50 o quilo.