Desde 2017, o cantor é proprietário de um Haras em Fortaleza onde se dedica à criação de cavalos de raça e à prática esportiva, investindo milhões ele se tornou campeão.
Wesley Safadão mantem uma das agendas mais cheias da música nacional. Há cerca de dez anos, o cantor realiza em média 20 shows por mês. Mas mesmo com essa rotina intensa, ele encontra tempo para se dedicar a outra paixão: os cavalos.
Desde 2017, o cantor é proprietário de um haras em Fortaleza onde se dedica à criação de cavalos de raça. Wesley considera que o investimento é um hobby para ele e para a família. Mas, no entanto, aos poucos o haras também ganha característica mais profissional.
Além de disputar campeonatos de vaquejada com alguns de seus animais, o forrózeiro participa de leilões e investe alto na aquisição de cavalos para competição e reprodução.
O primeiro grande investimento de Wesley nesse circuito foi ao adquirir o campeão Don Principe Bar, em setembro do ano passado. O equino começou a ser destaque no Campeonato Portal Vaquejada. As vitórias consecutivas chamaram atenção do público, dos criadores e da mídia. E, por isso, a equipe de Wesley não mediu esforços para comprar Don.
No leilão, promovido pelo Rancho Love Horse, o animal foi arrematado pelo Rancho WS por R$ 2,2 milhões em 40 parcelas de R$56 mil. O valor, segundo os portais especializados em leilões, bateu recorde nacional da raça Quarto de Milha.
O valor, segundo os portais especializados em leilões, bateu recorde nacional da raça Quarto de Milha.
À época, a assessoria de Wesley explicou qual o intuito dele sobre o animal: “Ele já tinha interesse nesse garanhão há algum tempo para trabalhar a linhagem de sua criação e aproveitou a oportunidade de um leilão. O cavalo será utilizado como reprodutor do Haras WS”.
Em dezembro do ano passado o cantor fez outro investimento milionário e comprou a égua Supreme Dash, considerada uma exímia doadora de embriões. Ela foi comercializada pelo Rancho Vale Rico por R$ 1,6 milhão para o condomínio formado pelos criadores Wesley Safadão, do Haras WS, do Ceará, e Ricardo Mendes, do estado de São Paulo.
Em vídeos na internet, Wesley inclusive anunciou que tem realizado fertilizações de embriões de cavalo num labaratório especializado em São Paulo. Enquanto os bichos não nascem, ele investe na compra e venda de novos Quarto de Milha.
Recentemente, o forrozeiro revelou a realização da primeira edição de um leilão próprio. O evento acontecerá em setembro de 2019 na Capital cearense e expande a atuação dele na área.
De empresário a atleta
Mas Wesley não cumpre apenas o papel de empresário endinheirado que fica apenas nos bastidores do negócio. Assim como divide as funções de cantor e agente da própria carreira na música, com os cavalos ele também se envolve.
Há dois anos, o forrozeiro tem participado como atleta da vaquejadas. A modalidade esportiva/atividade cultural é realizada por dois vaqueiros montados a cavalo que têm como objetivo derrubar um boi entre duas faixas de cal, puxando-o pelo rabo.
Em março de 2018, ele garantiu o 1º lugar na Categoria Amador e o 1º lugar na Categoria Aspirante, com a égua Blumenau Roxa. Dois meses depois, com o mesmo animal, ele conquistou o título na categoria Aspirante no Circuito dos Amigos.
Durante a 3ª Vaquejada do Haras Brejo das Flores, em Garanhuns, Safadão comemorou uma vitória não como atleta, mas de seu investimento em cruzamentos genéticos: Principe Streak Bar, filho de Don Principe Bar, estreou nas pistas e foi elogiado.
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Em vídeos no YouTube é possível ver Safadão em ação. Apesar das conquistas atingidas em pouco tempo de atuação, o cantor acumula muitos tombos — o que é normal na modalidade. Apesar disso, nas imagens é possível notar que o cantor não perde o bom humor nem mesmo quando fracassa nas disputas.
Vaquejada é crime?
Apesar de ser um mercado com diversos eventos e disputas pelo Brasil, a vaquejada levanta dúvidas e polêmicas. Assim como o rodeio, a modalidade é atacada por defensores dos direitos dos animais e por políticos simpáticos à causa.
Em 2016, os ministros do STF consideraram inconstitucional a lei cearense que regulamentava a vaquejada como prática esportiva e cultural do Estado. A decisão foi fundamentada no princípio constitucional de proteção ao meio ambiente, na parte em que versa sobre o sofrimento animal.
Um mês após a decisão do STF, foi sancionada a lei 13.364/16, que eleva o rodeio e a vaquejada, bem como as respectivas expressões artístico-culturais, à condição de manifestação cultural nacional e de patrimônio cultural imaterial.
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No ano seguinte, outra vitória para os vaqueiros: uma emenda constitucional promulgou a emenda que considera como não cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais. Quando tramitou no Congresso, a emenda ficou conhecida como PEC da Vaquejada.
No entanto, ainda em 2019 a vaquejada não tem uma resolução uniforme pelo país. Em 2018, por exemplo, a modalidade foi proibida no Distrito Federal.
Com informações do R7