“Agro não é fascista”, leiloeiro exalta agropecuária brasileira

Durante leilão comercial de gado leiloeiro exalta agronegócio brasileiro e manda recado pra candidato à presidência que chamou setor de fascista e direitista

Em entrevista recente ao Jornal Nacional (JN) o ex-presidente e candidato ao Palácio do Planalto pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, declarou que o setor do agronegócio – que ele definiu como “fascista e direitista” – é contra a política ambiental de preservação dos biomas defendido pela esquerda. Devemos ainda lembrar que, esse mesmo candidato, quer regular a produção do setor que movimenta a economia deste país.

As declarações caíram como uma bomba no setor agropecuário, responsável por quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB), e gerou muitos comentários e declarações nada amistosas para o candidato do Partido dos Trabalhadores.

E foi do Triangulo Mineiro, na região sudoeste de Minas Gerais, que produziu um desses vídeos que viralizaram na internet. Foi durante o leilão de gado comercial, produzido pela Uberlândia Leilões no último dia 29, o leiloeiro responsável pelos trabalhos da noite era Davi Neto, ao perceber estar diante do lote destaque do leilão, com valores superiores a R$ 1 milhão, resolveu mandar um recado ao candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Confira no vídeo:

Em contato com Davi Neto, o leiloeiro acrescentou que o mundo, não só o Brasil, depende do agronegócio brasileiro – “Nós produzimos muito e com qualidade, e se tem um setor que mais preserva, somos nós da pecuária e agricultura. Se você for comprar uma propriedade hoje está preservando cerca de 20% a 30% da área total, destinada a reserva florestal, sem contar que no bioma amazônico o produtor precisa preservar entre 50% e 80% do total da área. Nossa luta é mostrar que o verde e o amarelo são as cores da nossa bandeira e não podemos deixar manchá-la.”

Dia produtivo e que venha o primeiro Leilão Baby Nelore Vera Cruz e ACN Agropecuária 2
Foto: ACN Agropecuária

Várias entidades do agronegócio brasileiro também emitiram notas de repúdio `à declaração do ex-presidente. A Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon) repudiou veementemente as declarações do candidato.

É triste e inadmissível que um candidato à presidência não tenha o mínimo de conhecimento sobre o setor produtivo, que é essencial e fortalece a economia do país. O Brasil é uma potência agro e alimenta mais de 1 bilhão de pessoas em quase 200 países. Somente em carne bovina, produzimos cerca de 9,5 milhões de toneladas por ano – das quais 2 milhões de toneladas são exportadas.

Os pecuaristas trabalham de sol a sol, diariamente, para colocar carne na mesa da população. Esse árduo trabalho não pode ser nominado como “fascista”.

A pecuária brasileira intensiva é parte da solução para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa, seja pelo vigor do sequestro e armazenagem de carbono das pastagens tropicais bem manejadas, seja por conta de seu consistente aumento de produtividade, em que se produz mais quilos de carne com emprego de menor volume de recursos naturais. Adicione a esses elementos a conservação de reservas legais e APPs e ninguém conseguirá competir com a carne brasileira do ponto de vista de pegada de carbono. E jamais aceitará que Lula ou qualquer outra pessoa manche a imagem do agronegócio brasileiro.

Um dos candidatos que saíram em defesa do agronegócio foi Luiz Felipe D’Ávila (Novo-SP), ele exaltou o agronegócio, durante debate na Band. “É um exemplo para o Brasil”, observou. “Trata-se de um setor da nossa economia que consegue competir na economia global.” D’Ávila rebateu declarações de Lula, que chamou o agronegócio de fascista.

Segundo D’Ávila, faz-se necessário dar condições para o agro crescer cada vez mais, visto que nosso país é um dos maiores produtores de soja, algodão e outros produtos. “Isso é vital para exportar mais”, disse. “Lula, é um absurdo chamar o agro de fascista.” Na semana passada, o petista atacou o setor, chamando o agronegócio de “direitista” e de “fascista”. “O mundo depende de nós”, constatou o candidato. “Temos de ter orgulho daquilo que o Brasil possui de melhor.”

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