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“Agronegócio brasileiro será livre dos produtos químicos”

“Não podemos perder de vista as mudanças que nos dará a independência de produtos químicos que nos faz gastar hoje 37,5 bilhões de dólares” ressaltou Alysson Paolinelli

Com o objetivo de debater propostas para o futuro da agropecuária do Brasil, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), solicitou audiência pública, realizada nesta sexta-feira (11). Participaram do debate o presidente-executivo da Abramilho, ex-ministro da Agricultura e candidato ao prêmio Nobel da Paz 2021, Alysson Paolinelli e o pesquisador Maurício Antônio Lopes, presidente do Comitê Gestor de Pesquisa em Energia, Química e Tecnologia de Biomassa da Embrapa.

O ex-ministro Paolinelli, indica que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está fazendo investimentos maciços para o desenvolvimento do campo na área da bioeconomia. “Eles sabem que através disso nós vamos mudar o processo de geração de recursos, nós vamos mudar todas as nossas iniciativas a começar pelo processo industrial.”

Alysson Paolinelli ressaltou ainda que ao atender mais às demandas e as soluções que os pesquisadores da bioeconomia vão oferecer, “o Brasil terá uma mudança excepcional”. Para ele é necessário reconhecer que o Brasil é o país mais rico em biologia do mundo. “O Brasil hoje é o grande repositório dos recursos naturais que o mundo deseja. Não podemos perder de vista as mudanças tão bem definidas e que nos dará, sobretudo, a independência de produtos químicos que nos faz gastar hoje 37,5 bilhões de dólares”.

O representante da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, afirmou que discutir o futuro do Agro brasileiro, em meio a pandemia do novo coronavírus, é relevante. “Principalmente sobre os desafios para a produção agrícola no mundo e também no Brasil”. Ele reafirmou que também há preocupações relacionadas às mudanças de clima. “Como o Brasil é um dos principais protagonistas nessas frentes, é fundamental que discutamos esses desafios e que pensemos que trajetória é essa que a agricultura brasileira precisará trilhar no horizonte de 2030 que é o horizonte da agenda da ONU”.

O presidente da Comissão Senado do Futuro, Izalci Lucas (PSDB-DF), abordou o tema da regularização fundiária. O senador ressaltou a importância do tema da regularização de terras, principalmente para o pequeno produtor. “Metade da população do país ainda vive em áreas irregulares, inclusive as áreas rurais, e que muitas vezes não tem financiamento, não tem como investir porque não tem escritura, é uma demanda antiga e que precisamos ajustar ainda mais.”

Paolinelli, ex-ministro da Agricultura.

Indicação ao Nobel da Paz – O ex-ministro da Agricultura (1974/79), Alysson Paolinelli, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz pela contribuição e dedicação à agricultura tropical, segurança alimentar e sustentabilidade que as novas tecnologias trouxeram à produção de grãos no Cerrado brasileiro em larga escala, e tudo que desenvolveu pela Embrapa. Foi também deputado federal, diretor da Escola Superior de Agricultura de Lavras (Esal), chefe da delegação brasileira na Conferência Mundial de Alimentos da FAO e presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior do Brasil. “Quem merece esse prêmio não sou eu, é o Brasil”, declarou Paolinelli.

O Nobel da Paz é concedido anualmente para a pessoa que tenha feito o maior ou o melhor trabalho pela fraternidade entre nações, pela abolição ou redução dos exércitos permanentes e pela manutenção e promoção de congressos de paz.

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