Angus: vendas de sêmen atingem recorde de 5,8 milhões de doses

A comercialização da genética da raça respondeu por quase metade da demanda da pecuária de corte em 2019; Confira os dados!

As vendas de sêmen de bovinos da raça angus no Brasil atingiu a marca histórica de 5,8 milhões de doses no ano passado. O crescimento foi de 17,6% em relação a 2018, desempenho puxado principalmente pelo cruzamento industrial no Brasil Central.

Nivaldo Dzyekanski, presidente da Associação Brasileira de Angus, observa que compilados pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) mostram que acumulado do ano a pecuária de corte brasileira demandou 11,8 milhões de doses de sêmen. “Praticamente metade refere-se só à raça angus”, diz ele.

Mateus Pivato, gerente de fomento da Angus, comenta que um dos principais destaques do ano passado foi a elevação de 285% na exportação de sêmen angus nacional. “Segundo a Asbia, a participação da raça no embarque total de doses do país saltou de 2,29% em 2018 para 8% em 2019, somando 22,53 mil unidades.”

Na opinião de Pivato, o bom desempenho reflete a questão do câmbio e a posição do Brasil como referência em genética angus. O principal importador do sêmen angus brasileiro foi o Paraguai, seguido por Bolívia, Costa Rica e Equador, além de Angola.

Pivato destaca que os produtores de genética nacional têm um grande potencial no próprio Brasil, “uma vez que uma fatia importante do mercado interno ainda é abastecida por sêmen importado.” A Asbia indica que 80% de todas as vendas de genética Angus dentro do Brasil ainda vêm de outros países, principalmente dos Estados Unidos.

“O pecuarista brasileiro, em especial o criador que trabalha com genética angus, tem que ver nesse cenário um mar de possibilidades. Se o sêmen importado segue chegando ao Brasil, é sinal de que temos muito mercado a conquistar. Qualidade temos de sobra, o que falta é continuar ampliando a qualificação dos dados disponíveis e mostrar ao mercado os diferenciais dos reprodutores Angus em termos de adaptação ao clima Tropical do Brasil”, explicou.,

Nivaldo Dzyekanski avalia que o mercado de inseminação no Brasil ainda tem muito a crescer, uma vez que menos de 20% das vacas em cria no país são submetidas ao processo de inseminação.

“É um mercado que ainda vai crescer muito, e a Angus está investindo pesado em provas para disponibilizar dados sobre os touros nacionais que estimulem o uso desses reprodutores pelas centrais de genéticas”.

Fonte: Globo Rural

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