Após “vaca louca”, Rússia suspende restrições de frigoríficos brasileiros

A Rússia suspendeu as restrições que mantinha há um ano sobre as exportações de carne bovina de frigoríficos por causa da identificação de casos atípicos do mal da “vaca louca” nesses Estados em 2021.

A Rússia suspendeu as restrições que mantinha há um ano sobre as exportações de carne bovina de frigoríficos de Mato Grosso e Minas Gerais, ainda por causa da identificação de casos atípicos do mal da “vaca louca” nesses Estados em 2021. Ressaltamos que, apesar das unidades que estavam suspensas, o país continuava a importar carne brasileira de outras unidades habilitadas.

Em tempos anteriores, as restrições à carne brasileira eram justificadas pela alegação do uso do aditivo ractopamina na alimentação das criações — acusação que os produtores brasileiros sempre negaram. Entretanto, no ano de 2021, após à suspensão da exportação de carne brasileira para a China, foi costurado um acordo junto a Governo brasileiro, relembre abaixo.

Um comunicado do Serviço Federal de Vigilância Sanitária e Fitossanitária (Rosselkhoznadzor) do Ministério da Agricultura russo informou que, “em conexão com a melhora no território brasileiro da situação epizoótica da encefalopatia espongiforme bovina, a partir de 21 de setembro de 2022, são canceladas as restrições temporárias anteriormente introduzidas”.

A Rússia vinha exigindo que fossem abatidos apenas animais com menos de 30 meses de idade para aceitar carne bovina desossada. Na exportação desse produto, também estava sendo cobrado um certificado sanitário para comprovar o cumprimento das medidas. Essas restrições agora foram canceladas.

Quando o caso atípico da “vaca louca” estourou no ano passado, o país buscou, através da ministra Tereza Cristina da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, novos mercados e acordos para ajudar no escoamento do produto brasileiro.

Foi nesse momento que ela, ainda em exercício, anunciou que o governo russo abriria uma cota de 300 mil toneladas de carne com tarifa zero de importação por 6 meses, mercado que pode ser utilizado pelo Brasil. Sendo que seriam divididos em: 200 mil toneladas de carne bovina e 100 mil toneladas de carne suína. A tarifa de importação hoje, até 530 mil toneladas, é de 15%.

carne bovina

Produtos liberados

Ficam liberados produtos como gado vivo, sangue e produtos contendo sangue de gado, carne com osso, miudezas de carne bovina, matérias-primas intestinais obtidas de bovinas (exceto tripas descascadas), carne bovina obtida por desossa mecânica, proteínas de bovinos transformadas destinadas à alimentação de animais de produção e alimentos para animais de produção (incluindo proteínas de bovinos transformadas, com exceção das proteínas do leite) e carne desossada obtida de bovinos com mais de 30 meses de idade.

O comunicado do serviço de inspeção russo também libera o trânsito pelo território da Rússia de gado vivo brasileiro. Além da Rússia, China, Arábia Saudita, Egito, Irã e Indonésia impuseram algum tipo de restrição à carne bovina brasileira após a identificação dos casos atípicos de “vaca louca” no ano passado.

Apesar das restrições impostas aos abatedouros de Minas Gerais e Mato Grosso naquele episódio, a Rússia anunciou o desbloqueio de várias unidades brasileiras logo na sequência para exportação de carnes bovina e suína.

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