Arroba abre a semana com preços estáveis a R$ 325,00!

Seguindo a tendência de movimento mais baixo por parte dos players do mercado, a segunda-feira começou morna e com baixa liquidez nas negociações!

O mercado físico de boi gordo registrou preços mistos nesta segunda-feira, 19, a estabilidade nos preços foi verificado na maior parte, com exceção da praça mato-grossense, que teve leve alta nas cotações. Com algumas unidades frigoríficas que ainda sinalizam para uma posição mais confortável das escalas de abate, e a tendência é que alguns testes sejam realizados no decorrer da semana.

Entretanto, o pecuarista segue de olho nos atuais preços da reposição e insumos, se preparando e unindo forças para impedir qualquer “blefe” por parte da indústria de tentar recuar as cotações do boi gordo. Agora é o momento de união dos pecuaristas, foi o que apontou a carta do presidente do Grupo Pecuária Brasil, o GPB.

Segundo os dados da Scot Consultoria, as cotações da vaca e novilha gordas mantiveram-se estáveis, em R$291,00/@ e R$306,00/@, respectivamente, nas mesmas condições. Para animais destinados ao mercado externo, as negociações podem chegar em R$325,00/@, preço bruto e a prazo.

Segundo o Cepea, o Indicador do Boi, a cotação abriu a semana recuperando as perdas da última sexta-feira, saltando R$ 312,60/@ para o patamar de R$ 315,40. Em 12 meses, os preços alcançaram 60% de valorização.

No mercado externo, o país ocupa a quarta colocação no ranking de precificação da arroba no mundo. O valor atingido é de US$ 55,81/@ e com isso fica a frente do seus concorrentes na América do Sul. Confira abaixo a lista completa com os valores.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 314,26@, na segunda-feira (19/04), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 300,13/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 301,82/@.

Segundo as informações obtidas com exclusividade pelo Compre Rural, junto as pessoas ligas as indústrias, as escalas não estão tão confortáveis como tem se anunciado na mídia. Em Goiás, as plantas não possuem escalas para a quinta-feira, já que quarta-feira é feriado nacional.

Na B3, o dia também foi de lentidão, porém com avanço de 0,41% no contrato futuro de maio, que fechou em R$ 306,80/@.

Com relação as exportações, até o de 11° dia útil de abril foram exportadas, aproximadamente, 74,5 mil toneladas de carne bovina in natura ao exterior e uma receita de US$ 351 milhões. A média diária orbita a faixa das 6,77 mil toneladas/dia e representa um avanço de 16,47% ante abril/20.

“Mas, por enquanto, os preços seguem firmes em grande parte do país, com a tradicional lentidão do início da semana, quando frigoríficos e pecuaristas avaliam as melhores estratégias a serem adotadas no restante da semana, e ainda há um feriado que quebrará o ritmo das negociações na quarta-feira”, assinala o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias .

Enquanto isso, o clima seco em alguns estados acelera a deterioração das pastagens, reduzindo a capacidade de retenção dos pecuaristas. A situação é mais complicada no Centro-Oeste, e o auge da safra de boi gordo se aproxima, com maior volume ofertado de boiadas devendo acontecer em meados de maio.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 317 a arroba, ante R$ 318 a arroba na sexta-feira.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 304, contra R$ 305.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 307 a arroba, ante R$ 306 – R$ 307.
  • Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 309, contra R$ 310.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 311 – R$ 312 a arroba, ante R$ 312 observados na última semana.

Estabilidade no Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais altos. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por menor espaço para reajustes ao longo da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo.

“Importante destacar que medidas de flexibilização em diversos estados tendem a motivar a recomposição de estoques por parte de bares, restaurantes e outros estabelecimentos, setor que demanda volume importante das linhas premium dos frigoríficos”, diz

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,65 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 18,00 o quilo, e a ponta de agulha passou de R$ 17,75 o quilo para R$ 17,90 o quilo.

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