Arroba encerra a semana R$ 4,00 mais valorizada, veja

A pressão de baixa não surtiu efeito sobre as cotações visto que a safra de capim ainda permite que o pecuarista trave as negociações com os frigoríficos!

O aumento nas escalas de abate em São Paulo, associado à estratégia de compras compassadas, abriram espaço para que as ofertas fossem feitas hoje com preços menores, porém, sem sucesso. Sendo assim, no fechamento dessa sexta-feira, 18, o mercado do boi gordo encerrou a semana com preços em patamares firmes. É preciso ficar atento ao médio prazo, tendo em vista que é esperada uma maior oferta de animais confinados em janeiro!

Durante essa semana os frigoríficos foram as compras e alongaram as suas escalas em grande parte do país, alguns aproveitaram o momento e tentaram pressionar a cotação da arroba para baixo, mas sem sucesso. As indústrias paulistas continuam a buscar animais prontos para o abate e aptos para a exportação em outros estados para conseguir suprir a demanda externa.

Contudo, a pressão de baixa não surtiu efeito sobre as cotações visto que a safra de capim ainda permite que o pecuarista negocie serenamente. Segundo a Scot Consultoria, cotações permaneceram estáveis em R$340,00/@ para o boi gordo, R$298,00/@ para vaca gorda e R$332,00/@ para novilha gorda, preços brutos e a prazo.

Já o Indicador do Boi Gordo – Cepea/Esalq, fechou a semana com uma valorização de 1,75% no acumulado do mês. Sendo assim, conforme o gráfico abaixo, é possível ver que os preços ficaram no patamar de R$ 349,05/@. Essa semana, o preço médio subiu R$ 4,00/@, comparando o primeiro e último dia útil da semana.

Sendo assim, em São Paulo, conforme supracitado, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 352,48/@, na sexta-feira (18/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 327,06/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 309,11@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ R$ 328,09@.

Mercado externo

Os negócios com bovinos de até quatro dentes destinados à exportação oscilam entre R$ 345/@ e R$ 355/@ no mercado paulista. Entretanto, a Agrobrazil, app parceiro do pecuarista, informou negociação pontual na casa de R$ 355,00/@ em Morro Agudo, no estado paulista. O preço foi composto de R$ 320,00/@ + R$ 35,00/@ (bonificações). Confira a imagem abaixo!

Até a segunda semana de março, o Brasil exportou uma média diária de 10,52 mil toneladas de carne bovina in natura, volume 80,9% maior comparado à média de março/21, segundo a analista da Scot, que cita os dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No mesmo período de comparação, o preço pago por tonelada da proteína brasileira teve forte avanço de 129,4%, acrescenta Sophia.

“A demanda chinesa, que estava extraordinariamente pujante até o fim da semana passada, deu sinais de calmaria nos últimos dias desta semana, mas, ainda assim, o mercado segue relativamente aquecido”, relatam os analistas da Agrifatto.

A IHS Markit observa que o Brasil tem fôlego para exportar volume superior a 200 mil toneladas ao longo deste mês, caso o ritmo diário dos embarques persista. “As exportações de março/22 podem alcançar 221 mil toneladas, o que seria o maior volume mensal da história”, observa a IHS.

Escalas de Abate

No geral, o momento é de programações confortáveis para os frigoríficos e a média nacional das escalas de abate está na casa dos 10 dias úteis, com avanço de dois dias no comparativo semanal.

  • Em São Paulo, as indústrias fecharam a sexta-feira com cerca de 11 dias úteis já programados, queda de 1 dia no comparativo entre as semanas.
  • A média das escalas das indústrias paraenses encerrou a semana na casa dos 13 dias úteis, mantendo a estabilidade no comparativo semanal.
  • Os frigoríficos goianienses conseguiram alongar as suas escalas e a média em Goiás se encontra próxima dos 12 dias úteis, alta semanal de 5 dias.
  • Em Rondônia, a média das programações se encontram completas em 11 dias úteis, 3 dias de avanço ante a semana passada.
  • Em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, os frigoríficos fecharam a semana com a média de 9 dias úteis escalados, um avanço de 3 e 2 dias, respectivamente, ante a semana passada.
  • As indústrias mato-grossenses possuem as escalas na casa de 7 dias úteis, avanço de 2 dias no comparativo semanal.
  • Em Tocantins, as programações de abate se encontram próximas dos 6 dias úteis, sem mudança ante o que foi visto na semana passada.

Diferencial de base cresce em algumas regiões

Devido às programações de abate confortáveis, no Sul de Tocantins, atendendo, em média, 11 dias, os frigoríficos da região abriram o dia ofertando R$3,00/@ a menos pelo boi gordo e R$1,00/@ a menos para a vaca gorda. A cotação da novilha gorda ficou estável. Assim boi, vaca e novilha gordos são negociados, respectivamente, por R$292,00/@, R$283,00/@ e R$290,00/@, preços brutos e a prazo.

Dourados – MS a queda de R$4,00/@ de novilha gorda na comparação feita dia a dia. Com isso, o boi gordo segue negociado em R$312,00/@, a vaca gorda em R$292,00/@ e a novilha gorda em R$298,00/@, preços brutos e a prazo.

Segundo apurou a IHS Markit, os pecuaristas brasileiros se beneficiam das boas condições de pasto para reter lotes de boiadas gordas e barganhar melhores preços, de olho nos elevados custos de produção.

Porém, continua a IHS, as indústrias frigoríficas brasileiras seguem cadenciando o ritmo de compra de gado, de olho no escoamento da produção de carne bovina no mercado doméstico.

“Neste momento, as ordens de compra de animais terminados estão mais comedidas, pois os frigoríficos sentem enorme dificuldade em repassar os reajustes recentes da arroba do boi gordo aos preços finais da carne bovina”, ressalta a IHS.

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