Arroba já mira R$ 320 e boi segue subindo pelo país!

Com os prêmios de exportação de até R$ 15 por arroba, preços disparam pelo país e pecuarista já mira uma arroba de R$ 320,00 para os animais.

O mercado físico do boi gordo ainda é pautado pela restrição de oferta. No geral, os frigoríficos ainda encontram dificuldades na composição das escalas de abate, posicionadas entre dois e três dias úteis. Com isso, o fechamento dessa quinta-feira, 11, trouxe novas altas nos preços e o ágio de até R$ 15/@ para animais padrão exportação. Pecuarista já mira os R$ 320,00 com mercado apertado!

O pecuarista que tem boiada pronta para vender, mas não tem animais de qualidade segue na dependência do mercado interno – e certamente encontra hoje alguma dificuldade para fechar bons negócios, pois muitos frigoríficos temem acumular prejuízos devido ao baixo consumo doméstico de carne bovina.

Segundo a Scot Consultoria, as cotações das vacas e novilhas gordas também estão estáveis, cotadas em R$280,00/@ e R$295,00/@, respectivamente, preços brutos e à vista.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 309,13/@, na quinta-feira (11/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 289,86/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 289,95/@.

O indicador do boi gordo do Cepea manteve a máxima histórica da série ao fechar, novamente, acima de R$ 308,00/@. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 15,59%. Em 12 meses, os preços alcançaram 52,34% de alta.

Segundo os analistas, após contratos futuros na B3 já alcançarem o preço de R$ 320,00/@, o pecuarista visa atingir o preço no mercado físico. Pautado pela menor oferta e demanda aquecida da China, é possível que esse valor já seja negociado ainda nesta sexta-feira!

Aqueles produtores que conseguem terminar lotes de animais jovens, padrão-exportação (geralmente abatidos antes dos 30 meses de idade) têm recebidos prêmios de R$ 15/@ (boi China) e R$ 13/@ (boi Europa), em relação à base de preços balcão de animais do mercado interno.

Pressão da indústria

Na avaliação da consultoria, a maioria das indústrias frigoríficas não dá sinais de que irão ceder à pressão altista da arroba. A cada dia, cresce a quantidade de abatedouros que não estão mais presentes nas negociações de gado terminado, diz a IHS.

“Essas atitudes visam proteger as margens dos abatedouros, que já foram bastante prejudicadas este ano pela escassez de matéria-prima e pela demanda inconsistente por cortes bovinos na ponta final da cadeia”, avalia a consultoria.

Para a consultoria, os pecuaristas aproveitam as boas condições de pastagens para barganhar melhor rentabilidade para a oferta de seu gado terminado.

Entre as diversas regiões pecuárias, destaque para as novas altas da arroba em São Paulo, puxadas justamente pela forte demanda por carne para exportação.

Mercado Futuro

Na B3, a arroba do boi gordo segue em alta, a quinta-feira se encerrou com novo recorde. Os contratos futuros com vencimento para maio/21 bateram R$ 303,50/@, valorizando 0,80% no comparativo diário. A perspectiva é de que os preços sigam firmes, visto que a escassez de animais prontos para abate perdura em todo o país.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Nesta quinta, a arroba do boi gordo foi negociada por R$ 310 – 311 em São Paulo,
  • R$ 295 em Goiás,
  • R$ 304 em Minas Gerais,
  • R$ 294 – 295 em Mato Grosso do Sul e
  • R$ 298 em Mato Grosso.

Atacado

O mercado atacadista teve preços firmes ao longo da semana. O ambiente de negócios sugere por um menor espaço para reajustes no curto prazo, em linha com as medidas mais restritivas para conter o coronavírus em São Paulo.

O corte traseiro ainda é precificado a R$ 20, por quilo. O corte dianteiro permanece precificado a R$ 16,10, por quilo. Já a ponta de agulha permanece precificada a R$ 15,70, por quilo.

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