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Arroba pode disparar por causa desses dois fatores

Apesar da pressão de baixa imposta pelos frigoríficos e as “falsas” escalas de abate confortáveis, dois fatores podem fazer os preços disparar, confira!

O mercado do boi gordo, como citado aqui, na comparação diária encerrou o mês com as cotações estáveis nas principais regiões pecuárias do país. Além disso, se avaliarmos o cenário dos últimos 60 dias, o preço da arroba abre o mês de maio com uma valorização de mais de R$ 12,00/@, segundo indicador do Cepea. Veja os fatores que podem trazer uma nova alta no mercado!

Do lado de dentro da porteira a situação é complicada, já que o pecuarista tem um planejamento afetado por conta da grande valorização da reposição e dos insumos – milho e soja – da dieta animal, que se torna necessária para as regiões que já tem um desgaste do pasto por conta do avanço da época seca do ano.

Fechamento da Semana

Já o Indicador do Cepea, apresentou valorização e saltou de R$ 301,05/@ para o patamar de R$ R$ 312,95/@, nos últimos 60 dias de levantamento dos preços. A valorização do Indicador já passa de 60% nos últimos doze meses.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 311,30@, na sexta-feira (30/04), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 289,70/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 300,77/@.

Para o bovino de até quatro dentes destinado à exportação, a cotação está em R$320,00/@, preço bruto e à vista, ágio de até R$15,00/@ em relação ao valor do boi com destino ao mercado comum.

Já no mercado futuro, o mês de maio encerrou a última sexta-feira, 30, apregoado a R$ 306,90/@ com uma valorização de 0,13%. Já o mês de junho saltou 0,23% e cotado a R$ 311,20/@. Em outubro, os contratos desvalorizaram 0,09% e estão cotados a R$ 330,60/@.

Falsas escalas de abate

A mídia coloca que as indústrias seguiram o movimento de alongamento das programações de abate, entretanto, ainda se observa uma oferta fraca de animais prontos para abate. Vale a ressalva que ainda há muitas indústrias sem operar ou em férias coletivas, o que “maquia” a real situação das escalas. Veja:

  • Em São Paulo, as indústrias fecharam o dia com 10,0 dias úteis, ficando acima da média parcial anual que gira em torno de 6,0 dias úteis. A região paulista possui os cronogramas mais longos, dentre os analisados.
  • A região goiana fica em segundo lugar do ranking, com 9,0 dias úteis, também acima da média parcial anual que gira em torno de 5,0 dias úteis.
  • Minas Gerais encerrou a sexta-feira com 7,0 dias úteis, enquanto a média dos últimos doze meses orbita a faixa dos 5,0 dias úteis, ficando 2,0 dias acima.
  • Por fim, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul encerraram a semana com 5,0 dias úteis, alinhados com a média parcial anual.

Fatores que podem disparar os preço da arroba

Mercado interno

O início do mês de maio, mais precisamente a primeira quinzena do mês, reflete em um aumento no consumo do mercado interno por conta do pagamento dos salários e auxílio emergencial. As indústrias estão comprando “da mão para boca” e vão precisar fazer estoques para garantir o abastecimento.

Além disso, a semana é marcada pela comemoração do Dia das Mães, feriado que traz grande movimento para o comércio e consumo da proteína pela população. A disputa pela matéria-prima vai acirrar ainda mais esse mercado do boi gordo e trazer avanço dos preços!

Exportações

As exportações brasileiras de carne bovina in natura seguem aquecidas. O fluxo de embarques no acumulado das quatro primeiras semanas de abril (15 dias úteis) foi de 7,10 mil toneladas/ dia, um desempenho 22,2% superior à média de abril de 2020.

“Até o momento, abril já apresenta o maior volume exportado dos primeiros meses de 2021 e, caso o ritmo seja mantido, será o maior volume histórico já embarcado para o mês”, observa a IHS.

Resumindo

A oferta de animais terminados, apesar da safra, ainda é pequeno e a retenção de fêmeas complica ainda mais a situação. Porém, a abertura do mês e a melhora no consumo interno podem trazer avanços nas cotações, já que as indústrias seguem com “falsa” escala de abate confortável.

As ofertas de compra abaixo do preço de referência por parte das indústrias continua, entretanto, com poucos negócios, e o pecuarista não irá ceder de forma tão tranquila, já que o seu planejamento e margens também seguem apertadas!

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