Avanço: colheita de trigo ganha ritmo no rio grande do sul

Com 89% da área cultivada colhida, a produtividade estimada inicialmente em 3.021 kg/ha sofreu uma redução significativa de 28,38%, atingindo 2.164 kg/ha.

A colheita do trigo no Rio Grande do Sul, conforme a Emater/RS-Ascar, revela um panorama desafiador para os agricultores. Com 89% da área cultivada colhida, a produtividade estimada inicialmente em 3.021 kg/ha sofreu uma redução significativa de 28,38%, atingindo 2.164 kg/ha. Essa diminuição é atribuída, na maioria, aos impactos adversos do fenômeno El Niño, manifestados através de chuvas excessivas, geadas, ventos e granizo em diferentes fases do ciclo produtivo.

Na região de Bagé, a situação é mais acentuada, com 95% das lavouras colhidas e uma quebra de 20% na produtividade. Em São Borja, onde a colheita está praticamente encerrada, os produtores amparados pelo Proagro estão em situação menos crítica devido à cobertura do seguro. No entanto, as áreas com seguro privado enfrentam desafios, com cobertura baixa e falta de enquadramento para o Peso Hectolitro (PH) do grão.

A aveia branca e a cevada também enfrentam dificuldades, com reduções de 14,88% e 15,17% na produtividade, respectivamente, devido a condições climáticas adversas. Na canola, a colheita está chegando ao fim, mas as chuvas excessivas na região de Santa Rosa resultaram em uma redução na produtividade de mais de 15%.

Para as culturas de verão, como soja e milho, as condições climáticas intercaladas entre tempo seco e chuvas têm impactado o avanço do plantio. A região de Frederico Westphalen enfrenta preocupações com o progresso da semeadura devido ao avanço limitado, enquanto em Passo Fundo, apesar do prejuízo pela umidade excessiva, houve avanço significativo na área implantada.

Quanto à bovinocultura, as pastagens de verão, o campo nativo e o milho para silagem foram beneficiados pelo calor e umidade, mas ainda enfrentam desafios devido a um período anterior de excesso de umidade. Na bovinocultura de corte, as condições meteorológicas favoráveis contrastam com um mercado desaquecido, caracterizado por oferta elevada e demanda reduzida, resultando em uma tendência de declínio nos preços. Na bovinocultura de leite, embora as condições climáticas tenham favorecido a atividade, a contínua redução nos preços do leite impacta negativamente a comercialização e traz prejuízos à atividade, conforme observado na região de Pelotas.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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