De acordo com o relatório de Comércio Exterior produzido pelo Departamento Econômico da Faesp, em maio de 2024 a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 8,5 bi.
O montante representa uma redução de 22,3% em comparação com o mesmo período de 2023, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O recuo ocorreu principalmente pela redução nas exportações do agronegócio e de outros setores, de 12,5% e 12,4%, respectivamente, na comparação com o ano anterior.
As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 14,8 bilhões em maio deste ano, o que representa queda de 10,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O complexo de soja foi o principal responsável por essa diminuição, com uma queda de 23,9% no valor exportado devido aos baixos preços internacionais. Entretanto, alguns produtos apresentaram crescimento expressivo no valor exportado, como café verde (73%), celulose (46,7%), carne bovina in natura (11,3%) e açúcar de cana bruto (10,9%).
O estado de São Paulo também sentiu os efeitos dessa retração. Em maio de 2024, o saldo da balança comercial paulista foi deficitário em US$ 366,2 milhões, uma piora de 302,4% em relação ao mesmo mês de 2023. As exportações do agronegócio do paulista, de US$ 2,3 bilhões, foram 10,2% menores que maio de 2023. Produtos como açúcar de cana bruto, soja em grãos e carne bovina in natura tiveram reduções significativas em seus valores exportados. Por outro lado, houve um aumento nos valores de exportação de suco de laranja (24,9%) e celulose (21,3%).
No acumulado de janeiro a maio de 2024, o saldo total da balança comercial brasileira foi positivo em US$ 35,9 bilhões, uma alta de 3,9% em relação ao mesmo período de 2023. Apesar da redução nas exportações do agronegócio, o setor manteve um saldo expressivo de US$ 58,9 bilhões. Em São Paulo, apesar de o saldo acumulado da balança ter sido negativo em US$ 2,3 bilhões, o agronegócio teve saldo positivo de US$ 9,5 bilhões, (alta de 14%), com aumento de 12,6% nas exportações e de 7,3% nas importações.
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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