Boi gordo a R$ 207/@ é atrativo para o pecuarista

Nesta quinta-feira (05), as referências futuras para o boi gordo finalizaram em alta na Bolsa Brasileira (B3). Já no físico o boi China já chegou a R$ 207/@. Confira!

Os principais contratos negociados registraram altas de 0,32% a 0,12%, sendo que o Março/20 está cotado a R$ 204,65/@ e o Abril/20 está precificado a R$ 205,10/@.  Já o vencimento de Julho/20 registrou uma queda de 0,71% e negociado a R$ 209,05/@ e o Outubro/20 encerrou a R$ 214,50/@ com uma baixa de 0,12%. Mas no mercado físico, as negociações atingiram R$207/@. Confira!

Em seu boletim matinal a Radar Investimentos ressaltou que os pecuaristas não tem incentivo para vender a boiada gorda, com os pastos fartos e a reposição cara. Por outro lado, a China ainda se recupera, sem comprar volumes mais relevantes e as cotações da carne no atacado estão praticamente estáveis. 

Informações do aplicativo da AgroBrazil, mostram um cenário atrativo e positivo para o mercado do Boi China/Boi Exportação. Segundo informações, pecuaristas de Pompéia/SP, o Boi China foi comercializado por R$ 207/@, com 30 dias para pagamento e data do abate em 12 de março. Já em Nova Crixas/GO, esse mesmo animal foi comercializado por R$ 198/@, com 7 dias para pagamento e data do abate para 09 de março. Essa diferença de preço da arroba deve ser ainda maior para o mercado físico com o aumento do dólar e a maior demanda do mercado externo.

No mercado interno, o valor negociado na região de Diamantino/MT está próximo de R$ 196,00/@, à prazo com trinta dias para pagar e com data para o abate em 12 de março, com base nas informações do aplicativo da AgroBrazil. Já em Ribas do Rio Pardo/MS, a arroba foi negociada a R$ 192,00/@, à prazo com trinta dias para pagar e com data para abater em 05 de março.

Em Mineiros/GO, o valor negociado para o boi gordo em R$ 195,00/@, à prazo com trinta dias e com data para abate em 10 de março.

O consumo doméstico demonstra uma recuperação neste início de mês, mas as indústrias temem dificuldade no escoamento da carne diante de maiores elevações nos preços das mercadorias por efeito de repasse dos custos decorrentes da valorização da boiada gorda, conforme destacou a Informa Economics FNP.

“Neste contexto, o mercado registrou um comportamento distintos entre as praças pecuárias do país em função de condições regionais de oferta e demanda por animais prontos para abater”, comenta.

Segundo Scot Consultoria, Mercado ganhando força

Aos poucos o mercado vai retomando a firmeza. Apesar da melhora da oferta de boiadas, a expectativa de maior consumo fez com que os compradores mantivessem os preços sustentados e, em algumas regiões, ofertassem preços maiores pelo boi.

Nos primeiros quatro dias úteis de março, na média das trinta e duas praças monitoradas pela Scot Consultoria, o preço da arroba do macho terminado subiu 0,7%. Apesar da valorização modesta, o movimento indica que a disponibilidade, embora tenha melhorado, está menor do que a demanda.

Segundo Safras&Mercado

  • Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista seguiram em R$ 203 a arroba.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, os preços permaneceram em R$ 198 a arroba.
  • Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 195 a arroba.
  • Em Goiânia, Goiás, o preço indicado continuou em R$ 195 a arroba. 
  • Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço seguiu em R$ 185 a arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. “O viés de curto prazo é positivo com a entrada da massa salarial na economia impulsionando o consumo no varejo, mas sem espaço para altas agressivas nos preços, já que o brasileiro médio tem migrado para proteínas animais mais baratas, principalmente a carne de frango”, disse Iglesias.

Assim, o corte traseiro seguiu em R$ 14,25 o quilo. A ponta de agulha permaneceu em R$ 11,40 por quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 12 por quilo.

Recorde na reposição

De acordo com as informações do Cepea, os preços da reposição seguem em alta nas praças acompanhadas em que o preço médio do bezerro atingiu R$ 1.924,66, nessa quarta-feira (04), o maior patamar real da série histórica do Cepea, iniciada em 1994. 

“A média da parcial deste mês, de R$ 1.904,44, também é a maior da série, superando o recorde real anterior, de R$ 1.849,55, verificado em maio de 2015, ainda de acordo com série do Cepea”, reportou.

Compre Rural com informações do Agrobrazil, FNP, CEPEA, Scot Consultoria e Safras&Mercado

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