Boi gordo atinge R$ 240/@ e preços estão subindo de elevador

O mercado físico e futuro do boi gordo voltou a ter negócios realizados acima da referência média de preços, R$ 240 e R$ 245/@, respectivamente; Com o objetivo de prolongar suas escalas de abate, os frigoríficos estão elevando os valores oferecidos pelo gado.

mercado físico do boi gordo voltou a ter negócios realizados acima da referência média de preços nesta quarta-feira (27), em praticamente todas as praças pecuárias avaliadas pelo Portal. O mercado segue aumentando a precificação da matéria prima, com os compradores tentando garantir suas escalas de abate diante da menor oferta de gado. Do outro lado, os pecuaristas seguem cadenciando as ofertas em busca de melhores margens nas negociações, que estavam defasadas desde o início do ano.

Já no mercado futuro os preços também seguem com maior ímpeto de valorização, acompanhando a pressão da oferta no cenário atual, os contratos seguiram de estáveis a mais altos no fechamento desta quarta-feira. Neste cenário, o mercado futuro segue em alta, com arroba próxima dos R$250, mas movimento deve ser acompanhado de perto.

Segundo informações do analista da Consultoria Safras e Mercado, Fernando Henrique Iglesias, com o objetivo de prolongar suas escalas de abate, os frigoríficos estão elevando os valores oferecidos pelo gado. De acordo com Iglesias, em outubro, espera-se a entrada de animais confinados, o que poderá limitar o crescimento dos preços em toda a cadeia pecuária, alertando para a opção de garantir margens com a utilização dos contratos futuros.

Continuando na mesma toada dos primeiros dias da semana, o volume de negócios concretizados no mercado físico do boi segue crescendo de maneira cadenciada, resultado da lacuna na oferta de animais para abate e da dificuldade na “originação” de animais terminados em volumes mais expressivos.

Nesta metade da semana, o destaque para os negócios no interior paulista, onde já existe relatos isolados de fechamento de vendas por até R$ 240/@ para o boi gordo, dependendo do tamanho, localização e rendimento de carcaça dos animais.

Segundo a Scot Consultoria, em seu boletim diário, na comparação feita dia a dia, as cotações de todas as categorias de bovinos destinados ao abate ficaram estáveis nas praças paulistas, mas há negócios ocorrendo acima da referência.  Sendo assim, o boi comum está sendo negociado em R$220,00/@, a vaca em R$190,00/@ e a novilha em R$215,00/@, preços brutos e a prazo 

Segundo o app da Agrobrazil, o pecuarista de Guaíra, interior paulista, informou negociação de sua boiada com destino a exportação no valor de R$ 235,00/@ com pagamento à vista e abate programado para o dia 07 de outubro. Confira a imagem abaixo com as informações completas.

boi gordo

A arroba do “boi China” – animal jovem abatido com até 30 meses de idade – está sendo negociada em R$230,00, preço bruto e a prazo. Ágio de R$10,00/@ em relação ao boi comum. Mas, conforme informado, as negociações acima dessas referências estão mais acentuadas nas praças do Sudeste e Centro-Oeste brasileiro.

Outro ponto importante é a alta dos preços no Indicador do Boi Gordo Cepea/B3, que vem apresentando alta expressiva e acumula uma valorização de 14,26% no comparativo mensal. Dessa forma, os preços estão cotados em R$ 228,30/@, afirmando o otimismo dos compradores e a pressão da oferta de boi gordo. Além disso, cabe destacar que esse é maior valor dos últimos 30 dias.

Mercado futuro do boi gordo decolando

Depois de encerrarem agosto/23 com as cotações na casa dos R$ 200/@, os contratos do boi gordo no mercado futuro com vencimento em outubro/23, novembro/23 e dezembro/23 seguem nesta semana de setembro/23 cotados na média de R$ 242,40/@, R$ 244,50/@ e R$ 245,40/@, respectivamente, segundo o pregão regular do mercado futuro na B3.

“Os investidores da bolsa acreditam na perspectiva de redução na oferta de bovinos terminados nos próximos meses, uma vez que, após atingirem a casa dos 13 dias no início de setembro/23, as escalas de abate começaram a encurtar e fecharam a última semana na média de 10,72 dias”, informa o Imea.

boi gordo

Quanto à demanda por carne bovina, há um otimismo mais acentuado em relação ao último trimestre, marcado pelo pico de consumo no mercado interno. Em resumo, o mercado do boi gordo está em um momento de transição do ciclo pecuário. A recente valorização nos preços trouxe otimismo, mas também gera incertezas. Os pecuaristas devem ficar atentos às tendências e se preparar para possíveis mudanças no cenário.

Giro do boi gordo pelas principais praças pecuárias do país

  • Em São Paulo, o preço de referência para a arroba do boi atingiu R$ 230.
  • Em Goiânia, a cotação foi de R$ 223 para a arroba do boi gordo.
  • Em Uberaba, a arroba alcançou o valor de R$ 223.
  • Em Dourados, a arroba alcançou o valor de R$ 226.
  • Em Cuiabá, a arroba alcançou o valor de R$ 189.

Exportações

No acumulado da quarta semana de setembro, a média diária de carne bovina in natura exportada foi de 10,6 mil toneladas, aumento de 9,5% frente à média diária de setembro/22 e avanço de 31,4% frente ao resultado médio diário de agosto/23, informam as consultorias do setor pecuário, citando os dados divulgados nesta terça-feira (26/9) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Nas mesmas quatro semanas, o preço pago pela tonelada da proteína brasileira ficou em US$ 4,5 mil, o que significou queda de 24,6% em relação ao valor médio computado em igual mês do ano passado.

Preços do boi no atacado

No setor atacadista, os preços da carne bovina seguiram em alta. As perspectivas apontam para a continuidade desse movimento durante a primeira quinzena de outubro, período que tende a estimular o consumo, conforme ressaltado por Iglesias. No entanto, é importante observar que a carne de frango ainda é a preferência da parcela da população com renda mais baixa, especialmente aquelas famílias com renda entre um e dois salários-mínimos.

O quarto traseiro foi cotado a R$ 17,20 por quilo, registrando um aumento de R$ 0,20. O quarto dianteiro manteve-se estável em R$ 13,50 por quilo, assim como a ponta de agulha, que também foi precificada a R$ 13,50 por quilo.

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