Boi gordo: ‘Com certeza, essa euforia não continua’, diz Tereza Cristina

Segundo a ministra da Agricultura, os preços não serão os mesmos praticados há dois meses, mas devem se normalizar em breve e ela não descarta a importação de carne!

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta segunda-feira, 25, que a euforia no mercado do boi gordo não deve continuar. Sobre o aumento do preço da arroba do animal no Brasil, ela explicou que se trata de um momento de equilíbrio da cadeia produtiva, que está exportando mais, e que os preços irão se normalizar em breve.

“A cadeia vive um momento de euforia, mas já, já esse mercado vai se equilibrar. Os preços não serão os mesmos praticados há dois meses, mas, com certeza, essa euforia não continua. É um momento de ajuste da carne brasileira”, disse. Na segunda, ela participou da inauguração de indústrias de farelo de soja e refinaria de óleo do grão em Dourados (MS), desenvolvidas pela Coamo – Agroindustrial Cooperativa.

Tereza Cristina não descarta importação de carne bovina pelo Brasil

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o Brasil pode começar a importar carne bovina para equilibrar o mercado. O preço da arroba do boi gordo, medido pelo indicador Esalq/ B3, apontou a máxima de R$ 229,10 por arroba.

Só no acumulado de novembro, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostra alta de 34,21% no preço do boi. Analistas afirmam que a demanda chinesa aquecida e a falta de animais disponíveis são alguns dos motivos da alta.

De acordo com o Ministério da Agricultura, a pasta não possui um plano definido para importar carne bovina e que a ministra se referiu à importação do produto como uma tese.

Tereza Cristina afirmou ainda que aguarda uma resposta do governo dos Estados Unidos sobre a suspensão da importação de carne bovina in natura do Brasil. Na semana passada, a ministra esteve em uma missão nos Estados Unidos e reuniu-se com o secretário da Agricultura, Sonny Perdue.

“É um assunto extremamente técnico. Ele [Perdue] me disse que nos daria em breve uma notícia”, disse.

Em 2017, os Estados Unidos suspenderam as compras de cortes bovinos do Brasil, devido às reações (abcessos) provocadas no rebanho, pela vacina contra a febre aftosa. Em junho deste ano, uma missão veterinária dos Estados Unidos esteve no Brasil para inspecionar frigoríficos de bovinos e suínos.

Os norte-americanos solicitaram mais informações ao governo brasileiro, que já foram enviadas e estão em fase de análise pelos Estados Unidos.

Compre Rural com informações do Canal Rural e Scot Consultoria

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