Com as escalas de abate já programadas para a semana, as indústrias estão confortáveis; Do outro lado, o pecuarista tenta cadenciar a venda aguardando a virada do mês!
O mercado físico de boi registrou preços pouco alterados nesta segunda-feira, 21, com os preços acomodados e estagnados na maioria absoluta das praças pecuárias avaliadas pela nossa equipe. Conforme anunciado, as indústrias frigoríficas conquistaram uma frente interessante em suas escalas de abate, que hoje atendem entre cinco e sete dias úteis.
Utilizando o cenário confortável em suas escalas, as ofertas tendem a resultar em pressão de baixa no mercado, principalmente nas regiões em que a exportação é um fator menos relevante para formação de preços. Destacando que os frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico apresentam grande dificuldade em repassar os custos da matéria-prima ao longo da cadeia produtiva.
Segundo a Scot Consultoria, em seu relatório diário, com escalas de abate já programadas para a semana, o mercado começou a semana com a cotação da arroba do boi gordo estável. Com isso, a referência para a arroba do boi, vaca e novilha gordos ficou igual à última sexta-feira (18/3), negociados, respectivamente, por R$340,00/@, R$298,00/@ e R$332,00/@, preços brutos e a prazo.
Os negócios com bovinos de até quatro dentes destinados à exportação oscilam entre R$ 345/@ e R$ 350/@ no mercado paulista. Entretanto, a Agrobrazil, app parceiro do pecuarista, informou negociação pontual na casa de R$ 350,00/@ em Castilho, no estado paulista. O preço foi composto de R$ 305,00/@ + R$ 45,00/@ (bonificações). Confira a imagem abaixo!
Já o Indicador do Boi Gordo – Cepea/Esalq, abriu a semana com desvalorização, conforme o costume. Sendo assim, segundo o gráfico abaixo, é possível ver que os preços ficaram no patamar de R$ 346,00/@. Os preços do Cepea, seguem acima de R$ 340,00/@ a mais de 20 dias úteis, confira abaixo.
Sendo assim, em São Paulo, conforme supracitado, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 352,48/@, na segunda-feira (21/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 327,06/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 309,11@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ R$ 329,37@.
Na B3 o movimento de queda continuou a penalizar os contratos mais longos, o vencimento para mai/22 fechou à R$ 329,65/@, a quinta sessão consecutiva de desvalorização.
Para as exportações, mesmo com o recente processo de valorização do real a receita obtida com vendas externas nunca foi tão positiva como em 2022.
Durante a última semana foram exportadas 36,81 mil toneladas de carne bovina in natura, uma média de 7,36 mil t/dia, 30% de recuo ante a média da primeira metade de mar/22. Com este resultado, nos 13 dias úteis do mês corrente já foram embarcadas 121,03 mil toneladas da proteína, como houve uma queda no ritmo dos embarques, reajustamos nossa projeção para algo em torno de 185 mil toneladas embarcadas neste mês.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 348 a arroba.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 304.
- Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 316.
- Em Uberaba (MG), preços a R$ 310 por arroba.
- Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 330 para a arroba do boi gordo.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. O ambiente de negócios sugere pouco espaço para reajustes no curto prazo, com potencial queda dos preços em semanas pautadas por consumo enfraquecido. O quarto traseiro permaneceu precificado a R$ 24,20 por quilo. O quarto dianteiro ainda foi precificado a R$ 17 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a 16 por quilo.
Com vendas compassadas, quando comparada à semana anterior, a cotação da carcaça de bovinos castrados caiu 1,5%, ou R$0,31/kg, e está precificada em R$20,71/kg. Já a carcaça de bovinos inteiros está cotada em R$19,53/kg, permanecendo praticamente estável (-0,01%), queda R$0,01/kg, nas mesmas condições.
