
Com escalas de abate relativamente boas, os compradores mantiveram os preços das ofertas de compra estáveis e alguns estiveram fora do mercado; veja boas notícias do setor
Com escalas se alongando em todo o país, os frigoríficos vão forçando as ofertas por bovinos a valores cada vez menores, no entanto, o ritmo de negócios vai se reduzindo, com os pecuaristas firmes nas pedidas. As referências dos negócios concretizados seguem oscilando, ficando em média de R$ 316,00/@. Na B3, o contrato futuro do boi gordo com vencimento para dez/21, encerrou o dia cotado em R$ 306,55/@, recuando 0,31% no comparativo diário.
Nas praças paulistas, o mercado iniciou o dia (8/12) ofertando R$1,00/@ a menos em todas as categorias. As escalas estenderam-se nos últimos dias e já atendem, em média, 10 dias, o que contribuiu para o cenário de pressão de baixa nos preços.
Em Rondônia, a pressão de baixa também resultou em queda para todas as categorias de animais terminados. O preço do boi gordo recuou R$2,00/@ e para as fêmeas a queda foi de R$1,00/@.
Na região de Marabá – PA, o mesmo cenário de escalas se alongando e compradores saindo das compras, pressionou os preços. O boi e vaca gordos registraram um recuo de R$1,00/@. Já para a novilha, preços estáveis.
Com o mesmo cenário, na região Norte do Mato Grosso a cotação do boi gordo e da vaca gorda caiu R$5,00/@. A cotação da novilha gorda caiu R$3,00/@.
Também foi assim no Triângulo Mineiro, cujas cotações caíram, no levantamento feito dia a dia.
Boas notícias do setor pecuário

O abate precoce de bovinos com idades de 12 a 24 meses aumentou cerca de 30% em Mato Grosso no mês de novembro. O número reflete a mudança de mercado já estruturada no Estado, que tem dado preferência ao abate de animais mais jovens para atender a demanda cada vez mais maior do mercado externo.
Ao todo, foram abatidos 448,19 mil cabeças de boi no estado durante o mês de novembro, em razão da maior oferta de animais confinados. Desse montante, foi registrado um aumento de 30% do abate de animais nas categorias de 12 a 24 meses, o que corresponde a 58.288 animais.
Já no acumulado de janeiro a novembro deste ano, essa categoria correspondeu a 26% do total de animais abatidos, enquanto 48% foram animais entre 24 e 36 meses. O abate de animais mais jovens significa uma carne com um padrão mais elevado de qualidade, conforme explica o gerente de relações institucionais da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Nilton Mesquita – Os dados são do Imea.

Com as exportações brasileiras de carne bovina à China ainda suspensas, outros destinos da proteína nacional vêm ganhando destaque, como os Estados Unidos. Segundo dados da Secex compilados pelo Cepea, em novembro, o Brasil embarcou 17,29 mil toneladas de carne bovina ao país norte-americano, um recorde, que, inclusive, colocou o país como o maior destino da proteína nacional no mês.
O volume escoado aos Estados Unidos em novembro correspondeu por 17,27% das vendas totais brasileiras. Como comparação, em novembro de 2020, foram exportadas pelo Brasil apenas 5,6 mil toneladas aos Estados Unidos, ou seja, forte aumento de 208% em um ano.
Com dados da SCOT Consultoria, Agrifatto, Imea, Esalq/Cepea e Secex