Boi Gordo subiu mais de R$ 10/@; Veja até onde vai a alta

Uma das maiores valorizações diárias dos últimos meses, traz grandes expectativas para o mercado do boi gordo, mas é preciso conter a oferta de animais para abate!

O mercado físico do boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta segunda-feira, 04, a depender da praça pecuária avaliada pelo país. Pautado por um cenário de maior dificuldade na aquisição de animais para abate, as indústrias que foram as compras nesta abertura de semana, tiveram que ofertar mais pelo animal terminado. Confira como se comportou o mercado pelo país.

Com uma das maiores valorizações diárias dos últimos meses, o Indicador do Boi Gordo Cepea, abriu a semana com grandes expectativas para o mercado do boi gordo. Entretanto, agora é preciso conter a oferta de animais para abate, já que as indústrias tem utilizado dessa “super oferta” para incentivar os pecuaristas a colocar maior volume à venda.

O Indicador do Cepea do Boi Gordo, fechou a segunda-feira com uma das maiores valorizações do últimos meses, subindo cerca de 3,24% na comparação diária. Dessa forma, os preços saltaram de R$ 314,75/@ para o patamar de R$ 324,95/@, ou seja, uma alta de R$ 10,20/@ em apenas um dia. Já em dólar, o preço ficou cotado a US$ 61,01/@. Confira o gráfico abaixo!

Bovinos com padrão para atender o mercado da China- abatidos mais jovens, geralmente abaixo de 30 meses de idade – estão sendo vendidos por R$ 330/@ em São Paulo, acrescenta a Scot Consultoria. Segundo o app da Agrobrazil, o pecuarista de São João da Boa Vista, interior paulista, informou negociação de R$ 330,00/@ com o pagamento `vista e abate para o dia 11 de julho.

Após as altas na última semana, os preços seguiram acomodados em algumas praças. O boi gordo com destino ao mercado interno, ainda segundo a Scot, está sendo negociado por R$317,00/@, a vaca gorda por R$284,00/@ e a novilha gorda por R$304,00/@, preços brutos e a prazo.

“Com o desempenho bastante positivo das exportações de carne bovina, fica clara a importância do câmbio no decorrer do segundo semestre. Em caso de grande desvalorização do câmbio, aumenta a possibilidade de elevação dos preços da arroba do boi gordo. Com isso, a conta de exportação vai melhorar para a indústria frigorífica”, afirma Iglesias.

Como de praxe, antes de definir as melhores estratégias de compras da matéria-prima para os próximos dias da semana, os frigoríficos ainda contabilizam os resultados das vendas de carne bovina no mercado atacadista durante o primeiro final de semana do mês, relata a IHS.

Segundo a Agrifatto, na B3 o futuro com vencimento para jul/22 encerrou o pregão cotado a R$ 329,15/@, uma variação diária de -0,45%. O mercado futuro ainda segue cauteloso, diante das incertezas do volume de animais a a ser confinados ao longo do segundo giro do confinamento.

Exportação de carne bovina

Em junho o Brasil exportou 152,6 mil toneladas de carne bovina in natura, volume recorde para o mês em questão, com faturamento de US$1,04 bilhão. O embarque e receita média diária aumentaram, respectivamente, 8,8% e 43,3% ante junho/21.   

Giro do Boi Gordo pelo Brasil, segundo Agência Safras

  • Em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi ficou em R$ 325 na modalidade a prazo.
  • Já em Dourados (MS), preços continuam em R$ 300.
  • Arroba de boi gordo ficou indicada em R$ 298 em Cuiabá (MT);
  • Em Uberaba (MG), preços a R$ 320, continuando sem alterações.
  • Em Goiânia (GO), os preços permaneceram em R$ 305 a arroba.
@fazendasbergamini

Atacado

Conforme destaca a Agência Safras, em seu boletim diário, enquanto isso, o mercado atacadista também registrou preços estáveis na abertura desta semana. O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de alta, considerando a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo.

“A ampliação dos valores do auxílio emergencial tende a atuar como fator relevante para a valorização dos preços das proteínas de origem animal no varejo. Tradicionalmente esse tipo de estímulo costuma ser direcionado pelas famílias ao consumo de produtos básicos”, disse Iglesias.

Dessa maneira, o quarto dianteiro do boi permaneceu a R$ 17,55, assim como a ponta de agulha seguiu cotada a R$ 17,10. Por fim o quarto traseiro ainda teve preço de R$ 22,65 por quilo.

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