Boi sobe R$ 3,45/@, e a semana será decisiva, veja!

Com um cenário incerto quanto a oferta de animais para abate ao longo do próximo mês, ainda existe a expectativa de aumento do consumo com a virada de mês e feriado do Dia dos Pais!

O mercado físico do boi gordo ainda registra preços de estáveis a mais altos no fechamento da última semana. Na sexta-feira, 22, o mercado trabalhou frouxo e com compradores e vendedores fora das negociações, cada lado segue de olho nas expectativas desta semana, já que existe um cenário de melhora no consumo com a virada do mês e, também, ao feriado do Dia dos Pais. Confira abaixo o fechamento do mercado e os possíveis cenários para o preço da arroba!

Expectativa para um cenário positivo: a recente liquidação dos lotes terminados a pasto e o avanço da entressafra do boi já sinalizam uma redução substancial na oferta de animais terminados, prejudicando as compras de gado em algumas regiões do País.

Pecuarista precisa ficar alerto e diferenciar os preços de animais com destino ao mercado interno ou externo, já que o mercado está precificando de forma bem diferente!

No fechamento da semana, segundo a Scot Consultoria, nas praças paulistas, em função de “conforto” no quadro das escalas de abate a cotação de bovinos para abate teve quadro estável. O boi gordo está em R$310,00/@, a vaca gorda em R$280,00/@ e a novilha gorda em R$302,00/@, preços brutos e a prazo.

Já o Indicador do Cepea, refletindo uma possível mudança de cenário para a semana que se inicia, teve valorização diária de 1,08%. Dessa forma, o mercado viu os preços subir de R$ 320,65/@ para o patamar de R$ 324,10/@, movimentação essa que apresenta uma alta de mais de R$ 3,00/@ em um único dia. A valorização do dólar, deixou o preço no mercado internacional em US$ 58,92.

Quando a negociação envolve os bovinos com até 4 dentes – aqueles que são destinados à exportação – estão cotados em R$315,00/@, mas com negociações pontuais sendo fechadas acima da referência. Segundo o app da Agrobrazil, a melhor negociação da sexta-feira, aconteceu em Presidente Prudente, interior paulista, com valor em R$ 320,00/@ com prazo de oito dias e abate para o dia 10 de agosto.

Expectativa de alta e cenários positivos

A combinação dos cenários citados acima, resultou em players atuando de forma limitada nas operações, tanto na ponta compradora quanto na vendedora. Entretanto, segundo as consultorias, observa-se ambiente de resistência a novas baixas diante de uma maior dificuldade em originar animais nas principais regiões do Brasil.

“O volume de animais que estão entrando na linha de abate das indústrias, atualmente, refere-se, em sua maior parte, a lotes advindos de grandes confinamentos e boiteis, bem como de parcerias entre indústrias e invernistas, de modo a mitigar riscos operacionais e diluir os custos operacionais de insumos, sobretudo com nutrição animal, que ainda se encontram em patamares elevados”, ressalta a IHS.

A recente liquidação dos lotes terminados a pasto e o avanço da entressafra do boi já sinalizam uma redução substancial na oferta de animais terminados.

Indo mais além, o dólar valorizado frente ao real e os problemas sanitários no exterior devem manter aquecida as exportações de carne bovina brasileira ao longo deste segundo semestre de 2022, cenário que será positivo para as cotações do boi gordo.

Uma coisa é fato, a semana será decisiva para o mercado do boi gordo. “Nos próximos dias, o mercado seguirá atento ao comportamento da demanda doméstica de carne bovina, que pode avançar devido à entrada dos salários aos trabalhadores, melhorando o poder de compra da população“, diz o concesso entre os grandes analistas de mercado.

Cenário “pessimista”

As indústrias seguem fazendo o dever de casa, negociando de forma cautelosa e de olho no escoamento da carne bovina no mercado interno. Segundo o Cepea, o mercado segue relatando algumas dificuldades de escoamento da carne no decorrer da segunda quinzena do mês, principalmente diante do preço da carcaça.

embora haja uma redução gradual da oferta de animais terminados a pasto, as indústrias frigoríficas não dispõem de grandes necessidades de compra de gado, pelo menos no curtíssimo prazo. Como já mencionado acima, as expectativas apontam que ainda há volumes de animais de confinamento que devem chegar ao mercado nas próximas semanas.

Resumo das expectativas

A partir do próximo mês, diz a consultoria Agrifatto (São Paulo, SP), o mercado contará com uma maior injeção de dinheiro na economia, tendo em vista os novos auxílios e cortes de impostos em combustíveis e energia e dia dos Pais, o que deve contribuir para aquecer o mercado doméstico e enxugar o estoque nas câmaras frias.

Escalas de abate, segundo a Agrifatto

Segundo o levantamento desta sexta-feira, 22 de julho, feito pela consultoria paulista, a média nacional das escalas de abate se encontram em 12 dias úteis, sem alterações no comparativo semanal.

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Foto: Pro@
  • São Paulo – As indústrias fecharam a sexta-feira com 16 dias úteis programados, alta de 2 dias no comparativo entre as semanas.
  • Pará – Os frigoríficos paraenses encerraram a semana com a média de 16 dias úteis programados, 1 dia de queda no comparativo semanal.
  • Minas Gerais – As programações de abate se encontram na casa de 14 dias úteis programados, recuo semanal de 2 dias.
  • Goiás – Os frigoríficos goianos encerraram a sexta-feira com 13 dias úteis escalados, 2 dias de avanço no comparativo semanal.
  • Mato Grosso do Sul – As programações de abates se encontram na casa de 12 dias úteis, 1 dia a menos ante a última semana.
  • Tocantins e Mato Grosso – Nesses Estados, as escalas estão na média de 9 dias úteis. Os frigoríficos mato-grossenses conseguiram avançar as programações em 1 dia, enquanto os tocantinenses mantiveram-se estáveis no comparativo semanal.
  • Rondônia – As escalas de abate avançam para a média de 8 dias úteis, 1 dia de alta ante a sexta-feira anterior.
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