Bolsonaro quer fortalecimento e segurança no campo

Deputado Bolsonaro tem inserido em sua agenda visitas a eventos do setor e defende fortalecimento do setor produtivo e segurança no campo

Em reunião realizada nesta terça-feira (28) com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) defendeu maior segurança jurídica e alimentar ao setor agropecuário, proteção aos produtores rurais que se queixam do aumento significativo da violência no campo, além de medidas para melhorar a infraestrutura logística do País e fortalecer a produção nacional.

Para o deputado, projetos prioritários ao setor produtivo brasileiro devem passar pela diminuição da carga tributária dos pequenos produtores na hora de exportar, bem como para os produtos importados que chegam ao País. “A economia se segurou graças ao agronegócio, graças ao campo. Por isso é preciso fortalecer a capacidade do Brasil de produção, com diminuição da carga tributária, com condições de igualdade na exportação, com rodovias e ferrovias de qualidade para reduzir o frete”, afirmou Bolsonaro.

Segundo ele, o Brasil tem potencial para ser uma grande potência mundial. “Israel está progredindo em níveis absurdos na agricultura em pleno deserto. O Japão quer parceria com o Brasil. Nós precisamos investir mais no País, abrir mercados com uma política de governo à altura de alcançar isso tudo”, destacou o deputado.

O presidente da FPA, deputado federal Nilson Leitão (PSDB/MT), afirmou que não há melhor inclusão social e progressão econômica do que por meio da geração de emprego e renda. “Quem pode fazer isso pelo Brasil é o setor agropecuário, é o pequeno produtor, é o campo”, disse durante a reunião.

Os deputados federais Valdir Colatto (PMDB/SC) e Peninha (PMDB/SC) reforçaram a grande preocupação com a segurança no campo, tanto da proteção física do produtor que mora e trabalha no meio rural quanto das constantes invasões de propriedade que as fazendas vêm sofrendo. “O campo está desprotegido. Nossos agricultores estão apavorados com as constantes invasões e episódios de assaltos”, destacou o parlamentar. Peninha complementou que os produtores rurais não têm mais a garantia de posse de sua própria terra, mesmo com registro.

Colatto também apontou que o setor precisa de proteção do setor produtivo em detrimento da concorrência internacional. “A agricultura não sobrevive pagando essa carga alta de impostos”, ressaltou o deputado. Durante sua fala, Evair de Melo (PV/ES) lembrou que o serviço de telefonia móvel no meio rural é também uma questão de segurança no campo.
Ainda durante a reunião, o deputado Xuxu Dal Molin (PSC/MT) defendeu um grande projeto de governo para o setor agropecuário que contemple toda a cadeia produtiva.

‘Porteira fechada’

Bolsonaro disse que, caso seja eleito, entregará o Ministério da Agricultura de “porteira fechada” para o setor indicar técnicos, do ministro aos assessores. O deputado Luiz Nishimori (PR-PR) disse ter gostado do discurso de Bolsonaro, mas reconheceu que não é novidade ministro da Agricultura ser escolhido pelo setor. “Isso é normal.”

O pré-candidato divergiu de setores do agronegócio ao se opor a proposta de venda de terras para estrangeiros. “Não sou nacionalista. Sou patriota. Quem quer comprar é a China. Ela que vai decidir o alimento que plantará. O que a gente vai comer amanhã?”, questionou. “Agora, se o setor quer vender, eu obedeço.” Bolsonaro disse que saía do almoço “confiante”.

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