Segundo a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, a grande repercussão mundial do café mineiro gerou a necessidade de proteger a autenticidade do produto.
O café é a bebida mais popular entre os mineiros, indiscutivelmente. As terras onde os pés são cultivados fazem toda a diferença no paladar. As características singulares do bioma Cerrado fazem os grãos da região serem únicos e não foi à toa que o território compreendido entre o alto Paranaíba, Noroeste e o Triângulo Mineiro recebeu a primeira denominação de origem do Brasil, característica que atesta a qualidade do produto produzido por lá.
E, se tem uma cidade referência, essa é Patrocínio, com produção anual de 76 mil toneladas. Em mais de 40 mil hectares, o município lidera o ranking de maior produtor de café do Brasil. Lá tem o café do tipo arábica, produzido a 800 metros de altitude, no mínimo. Com sabor intenso e, ao mesmo tempo, levemente cítrico.
Conforme Juliano Tarabal, da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, a grande repercussão mundial que o café mineiro teve gerou a necessidade de proteger a autenticidade do produto de Minas.
“Os cafés do Cerrado, pela qualidade que eles possuem, foram atingindo uma fama, e teve então a necessidade dessa proteção que esse registro da denominação de origem fornece. Esse registro no Brasil é concedido pelo INPI, que é o Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Mas temos também registros no mundo inteiro, como nos Estados Unidos, Europa e Ásia, para poder proteger a marca e a identidade da região”, explica.
Tanto cuidado rende rótulos premiados em campeonatos do mundo inteiro, o recorde de 2022 veio do Cerrado Mineiro.
“O café é socializante. Não se toma café sozinho, você sempre toma café com alguém, então esse lado socializante desenvolve esse turismo cultural para o café.”
“E a região do Cerrado Mineiro, como é uma região nova, ela se abre não só para conhecer a qualidade do café, mas para conhecer o modo exclusivo de produção que temos no estado de Minas, como o maior produtor de café do mundo. Se Minas Gerais fosse um país seria o maior país produtor de café do mundo”, afirma Simão Pedro Lima, Diretor Superintendente Expocaccer.
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