Casos de gripe aviária em gado de leite preocupa cadeia da carne nos EUA

“O receio maior fica por conta de uma possível contaminação em gado de corte, o que poderia afetar o comércio de animais no país”, alerta a Agrifatto.

A emergência de casos de gripe aviária (H5N1) em gado leiteiro nos Estados Unidos tem levantado alarmes significativos na indústria pecuária, com implicações potenciais vastas para a cadeia de fornecimento de carne bovina. Esta situação sem precedentes chama a atenção para as complexidades da saúde animal e os riscos de transmissão entre espécies.

O Departamento de Agricultura (USDA na sigla em inglês) contabilizou, até o dia 11/06/2024, 92 casos da doença em rebanhos de gado leiteiro, em 12 Estados, distribuídos pelas região das montanhas, meio-oeste e na costa leste. Com isso, a disseminação da gripe aviária sobre gado leiteiro norte-americano continua preocupando os agentes envolvidos na cadeia da carne dos EUA, informa a Agrifatto.

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Até o momento, foram confirmados casos em 12 estados, afetando um total significativo de rebanhos, com Michigan, Idaho e Texas sendo os mais afetados. Os especialistas estão monitorando de perto a situação, observando que o vírus, que tradicionalmente afeta aves, mostrou uma capacidade preocupante de infectar mamíferos, incluindo bovinos.

A Agrifatto, junto com outros analistas, expressa preocupação especial com a possibilidade de o vírus afetar o gado de corte, que representa uma porção substancial do mercado de carne nos EUA. As implicações para o comércio são significativas, pois restrições poderiam ser impostas tanto internamente quanto pelos parceiros comerciais internacionais para prevenir uma disseminação mais ampla da doença.

Segundo a Agrifatto, o vírus da gripe aviária chegou aos EUA por meio das aves silvestres migratórias. Em seguida, foram detectados alguns casos em mamíferos e, desde março/24, foi constatada a infecção da doença em vacas leiteiras, além da confirmação de transmissão por meio de leite não pasteurizado.

“O receio maior fica por conta de uma possível contaminação em gado de corte, o que poderia afetar o comércio de animais no país”, alerta a Agrifatto.

Medidas de Contenção da Gripe Aviária em Gado

A resposta inclui intensificação das medidas de biossegurança nas fazendas afetadas, restrições ao movimento de animais entre estados e um monitoramento rigoroso das exportações de carne. Autoridades como a USDA e a FDA estão colaborando com agências de saúde pública para gerenciar a situação e limitar qualquer impacto potencial na saúde pública e na economia pecuária.

Mesmo não havendo casos confirmados em bovinos de corte, a Colômbia foi o primeiro (e, até agora, único país) a restringir a importação carne bovina dos EUA por conta da doença.

Impacto na Saúde Humana

Até o momento, houve relatos limitados de transmissão para humanos, com alguns casos documentados de indivíduos que tiveram contato direto com animais infectados. Estes casos foram controlados e não representam, segundo as autoridades de saúde, um aumento no risco para a população geral.

O setor está em alerta máximo, trabalhando em conjunto com organismos de saúde para entender melhor a dinâmica do vírus e suas implicações. A situação é um lembrete potente da interconexão entre a saúde animal e a humana e da necessidade de vigilância contínua no manejo de doenças transfronteiriças.

Propagação de doenças entre instalações leiteiras e avícolas

As investigações discutidas neste relatório, incluindo as respectivas informações do WGS, indicam que o genótipo B3.13 do HPAI H5N1 foi introduzido em Michigan através do movimento de animais do Texas e subsequentemente disseminado dentro do estado entre instalações leiteiras com repercussão em instalações avícolas através de múltiplas rotas possíveis. .

Os factores que parecem ser de maior risco de introdução nas instalações leiteiras podem ser mitigados através do reforço da biossegurança, do aumento dos testes em animais e, potencialmente, através de restrições à circulação de animais dentro do estado, se puderem ser implementadas sem afectar o bem-estar animal.

O USDA afirma que a disposição dos produtores de Michigan em participar dessas investigações aumentou muito o conhecimento das detecções de HPAI H5N1 B3.13 em Michigan e em todo o país; este relatório não poderia ter sido concluído sem eles.

Fontes: Este artigo foi composto com informações extraídas de várias fontes de saúde animal e pecuária, incluindo o CDC, USDA e outras organizações especializadas (CDC) (USDA) (USDA APHIS) (CDC) (CDC) (Home) (UNL Beef) (Cornell Chronicle) (American Council on Science and Health) (IDFA) (USDA APHIS) (AABP) (High Plains Public Radio).

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