Casos de mormo equídeo no Tocantins preocupam entidades

Já são sete casos confirmados de mormo equídeo pela Agência de Defesa Agropecuária; a eutanásia do animal será realizada nos próximos dias

O governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) confirmou o sétimo caso de mormo este ano. Desta vez, em um cavalo numa propriedade rural localizada no município de Araguatins, região norte do Tocantins. A constatação chegou à Agência na sexta-feira, 2, após a realização do exame complementar confirmatório de western blotting feito no laboratório oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A eutanásia do animal será realizada nos próximos dias.

Todas as medidas sanitárias estão sendo tomadas: interdição da propriedade, eutanásia do equídeo por meio do método químico com o fármaco T-61 para garantir o bem-estar animal, saneamento na propriedade rural, bem como investigação dos animais considerados vínculos epidemiológicos para colheita de material de todos os animais susceptíveis à doença, dentre outros.

Segundo a responsável pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos da Adapec, Isadora Mello Cardoso, a Agência antes mesmo de receber a informação da confirmação do caso, por meio do laboratório oficial do Mapa, tomou as primeiras providências já interditando a propriedade e alertando o proprietário sobre a doença. “Ele nos informou que há apenas este animal na propriedade, porém, vamos investigar os vínculos para mantermos o controle da doença,” ressaltou.

“Para controlar essa doença precisamos contar com o apoio dos criadores para que cumpram as exigências legais sobre trânsito de animais e evite a transmissão de mormo, pois além da enfermidade causar prejuízos econômicos, pode ser transmitida para o ser humano,” destacou o presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha.

Este é o primeiro caso de mormo no município de Araguatins. Este ano, outros casos ocorreram nos municípios de Formoso do Araguaia, Dueré, São Salvador e Santa Fé.

Por se tratar de uma zoonose, a Agência comunicou a Secretaria da Saúde do Estado sobre a confirmação do caso, conforme prevê a legislação. Vale lembrar que em casos de suspeita da doença, o produtor rural deve notificar imediatamente a Adapec em uma das suas unidades ou pelo Disque Defesa 0800 63 11 22, bem como denunciar trânsito clandestino de animais.

É uma doença infectocontagiosa causada por bactéria que acomete principalmente os equídeos (asininos, equinos e muares). Nos equídeos, os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. Existe ainda a forma latente (assintomática) na qual os animais não apresentam sintomas, mas possuem a enfermidade.

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