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Cepea: Boi de julho bate recorde na série histórica

Os preços não param de subir, enquanto algumas indústrias começam a amargar prejuízos por conta das margens negativas de compra e venda da proteína.

O Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (mercado paulista, à vista) registra média de R$ 220,76 na parcial do mês (até o dia 29), o que representa avanço de 5,2% na comparação com a média de junho, e recorde real da série histórica do Cepea, iniciada em 1994, considerando-se apenas os meses de julho.

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o avanço da arroba no mercado nacional é explicado pela combinação de “exportações brasileiras aquecidas, beneficiadas pela intensa demanda chinesa, e pela oferta restrita de animais no pasto, evidenciada pelo menor número de boi gordo abatido no início deste ano desde 2011”.

Nesta quinta-feira, os preços da arroba permaneceram firmes nas principais praças pecuárias, com destaque para as valorizações do boi gordo e da vaca gorda registradas no Mato Grosso, o Estado responsável pelo maior rebanho de corte do País.

Segundo dados da IHS Markit, nas praças mato-grossenses, alguns pecuaristas optam por segurar a boiada, especulando ajustes positivos ainda maiores na próxima semana. “Na praça de Cuiabá, houve relatos de negócios isolados acima das máximas vigentes, dependendo do volume, da proximidade do frigorífico e do prazo para pagar”, relata a consultoria. No Cuiabá, o boi gordo à vista vale R$ 203, de acordo com a IHS Markit.

Em Goiás, a escassez de oferta de gado para abater tem emplacado forte pressão altista na cotação da boiada gorda, informa a consultoria” Algumas indústrias pesquisadas se posicionaram mais firmes nas compras de gado, na tentativa de preencher as escalas de abate ainda desta quinta-feira”, informa a IHS. Na praça de Goiânia, o animal terminado saltou para R$ 217/@, a prazo.

Nas regiões pecuárias do Pará, as indústrias frigoríficas relatam dificuldades para realizar novas aquisições, devido à oferta restrita de animais, tanto no mercado físico do boi gordo como no mercado de reposição. “Os preços das duas categorias seguem extremamente valorizados e, neste cenário de falta de gado, alguns frigoríficos começaram a intercalar os abates”, destaca a IHS Markit. Nesta quinta-feira, a praça de Paragominas registrou elevação no valor da boiada pronta, para R$ 210/@, a prazo.

Segundo a IHS Markit, a escassez de oferta de gado é o principal direcionador dos reajustes positivos no mercado do boi gordo, uma vez que o escoamento dos cortes bovinos para os atacados segue bastante lento.

Além da menor oferta de boiada terminada a pasto, os animais produzidos em confinamentos ainda não estão prontos para abater, observa a consultoria. Os poucos pecuaristas que dispõem de maiores lotes de gado, diz a IHS Markit, optam por segurar esses animais, na expectativa de conseguir preços ainda mais altos na próxima semana, devido à virada do mês e à entrada dos salários para parte da população, o que pode estimular o consumo interno de carne bovina.

Na avaliação dos analistas da IHS Markit, o atual movimento de alta do boi gordo traz certa preocupação ao setor industrial. “Tendo que pagar mais caro na compra de matéria prima e com a grande dificuldade para escoar os cortes bovinos aos atacados, algumas indústrias já operam com prejuízos no País, alerta consultoria.

No atacado, os preços dos principais cortes bovinos subiram nesta quinta-feira. As valorizações têm suporte principalmente na oferta menor de carne, resultado da redução dos abates diários e, consequentemente, menor produção nos frigoríficos.  Além disso, com a aproximação da virada do mês, houve registro de leve melhora no consumo de proteínas, abrindo certa margem para os ajustes positivos nos preços, destaca a IHS.

Fonte: Portal DBO

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