Quer aprender a técnica que permite você inseminar todas as suas novilhas ao mesmo tempo? Confira as dicas do grande veterinário e consultor Ademir Ribeiro!
O criador Silvano, pecuarista no interior da Bahia, disse que tem uma novilhada e que quer enxertar todas as fêmeas na mesma época, ingressando no manejo da inseminação artificial.
O médico veterinário e consultor Ademir Ribeiro atendeu o produtor e trouxe uma resposta fantástica. Lembrando que ele é desenvolvedor do chamado “Programa Touro-Zero“, que implementa a técnica divulgada aqui no Compre Rural da castração dos bezerros ao nascimento.
“Aqui nós trabalhamos com a IATF, a inseminação artificial em tempo fixo. Você vai adquirir no mercado um protocolo e esse protocolo nós fazemos, nas novilhas, com três manejos de curral, ou seja, ela vai três vezes no curral”, introduziu o especialista.
“Nós trabalhamos com D0, D9 e D11. Como é que funciona tudo isso? No D0 nós aplicamos um implante intravaginal. Esse implante é embebido em progesterona, o que é tranquilo. Nós aplicamos 2 ml de benzoato de estradiol no D0. Então vamos dizer que o D0 é o dia 10 do mês – e aí nós contamos nove dias, que vai ser dia 19 do mês, o nosso D9”, instruiu.
“O D9 é quando nós vamos retirar esse implante. Existem protocolos para retirar com sete, oito dias… Mas em novilhas, o que nós temos mais resultado é para retirar com nove dias, no D9, porque nós vamos ter um tempo maior de maturação folicular. Nós vamos conseguir gerar um folículo dominante mais viável e, com isso, uma taxa de concepção mais alta, ou seja, mais prenhez”, projetou.
“Tiramos no D9 o implante, descartamos, […] aplicamos 2 ml de prostaglandina, aplicamos 1,5 ml de ECG, que é um hormônio gelado para ajudar também a maturação folicular, e aplicamos o cipionato de estradiol. O cipionato é por grama, tem de 1 ou de 2 gramas, dependendo da concentração do laboratório que você comprar. Nós vamos trabalhar com 0,3 ml na seringa de insulina, ou com 0,5 ml ou com 1 ml. Aí nós contamos 48 horas a partir do mesmo horário que você retirou o implante”, resumiu.
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“Dois dias depois você começa a fazer a inseminação artificial. Você fez o quê? Você sincronizou todas as suas novilhas para serem inseminadas no D11, exatamente no mesmo momento”, concluiu.
Ribeiro reforçou a importância do pecuarista contar com mão de obra especializada para a execução do manejo reprodutivo. “Aí no mercado, na Bahia, existem profissionais como nós, em Rondônia, que te oferecem esse trabalho, que têm todos esses produtos. Você vai pagar por uma novilha inseminada, por duas, dez, 15, ou quantas forem. Esse profissional chega na sua fazenda, monta todo o protocolo e eles executam um trabalho profissional. Procure um técnico na sua região, Silvano, e vai ser só sucesso”, sugeriu.
Adaptado do Giro do Boi