O IGC cortou em 3 milhões de toneladas a projeção para a colheita de soja devido à seca no Brasil, Argentina e Paraguai, para 350 milhões de toneladas.
O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) fez poucas alterações em seu relatório sobre o mercado global de cereais nesta safra 2021/22, divulgado hoje. Entretanto, a entidade declarou que a guerra entre Ucrânia e Rússia, dois importantes players mundiais de milho, trigo e cevada, causa muita incerteza e os números, portanto, poderão ser revistos.
O maior ajuste foi na previsão para o comércio internacional. Como os portos da Ucrânia estão fechados e os da Rússia têm menor fluxo comercial neste momento, o IGC passou a prever que o comércio internacional de cereais somará 415 milhões de toneladas, ante previsão anterior de 424 milhões e das 427 milhões de toneladas da temporada passada. “Exportações adicionais de outras origens, incluindo Índia, EUA, União Europeia e Brasil, provavelmente compensarão apenas parcialmente os embarques mais baixos do Mar Negro”, disse o IGC em seu relatório.
No que diz respeito à produção global, a estimativa passou de 2,281 bilhões para 2,284 bilhões. A percepção de consumo foi cortada de 2,286 bilhões para 2,278 bilhões de toneladas. E, como consequência, a estimativa para os estoques ao fim de 2021/22 foi elevada de 596 milhões para 607 milhões de toneladas.
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O IGC cortou em 3 milhões de toneladas a projeção para a colheita de soja devido à seca no Brasil, Argentina e Paraguai, para 350 milhões de toneladas. A previsão para o consumo diminuiu em 1 milhão de toneladas, para 362 milhões, enquanto os estoques foram reduzidos também em 1 milhão de toneladas, para 42 milhões.
No caso do milho, o conselho elevou a previsão para a produção de 1,203 bilhão para 1,207 bilhão de toneladas em 2021/22. A estimativa de consumo foi mantida em 1,2 bilhão, e para os estoques houve elevação de 6 milhões de toneladas, para 281 milhões.
Fonte: Valor Econômico
