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COP26: Embrapa mostra tecnologias da agricultura de baixa emissão de carbono

O presidente da Embrapa destacou também a repercussão do painel que discutiu o impacto das tecnologias “poupa-terra”, centradas na busca pelo aumento de produtividade.

Após duas semanas de agenda intensa em painéis e mesas redondas com representações de todo o mundo, a participação de lideranças e pesquisadores da Embrapa na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, Escócia, deverá, segundo o presidente Celso Moretti, reposicionar a visão mundial sobre a agricultura brasileira.

“Defendemos uma visão realista e positiva para o futuro da agricultura brasileira e tivemos a oportunidade de influenciar na mudança da visão distorcida que ainda persistia sobre ela”, disse ele, ao comentar o compromisso assumido pelo Brasil de, até 2030, reduzir em 50% a emissão de gases de efeito estufa e de se tornar, até 2050, uma economia neutra em termos de carbono, além da redução global de 30% na emissão de metano, entre 2020 e 2030.

Segundo Moretti, em todos os eventos em que a Embrapa participou houve uma grande expectativa em torno dos resultados de suas pesquisas, dada sua condição de referência mundial em termos de pesquisa tropical. Dentre os resultados de maior repercussão está a já histórica fixação biológica de nitrogênio atmosférico, em cerca de 37 milhões de hectares na cadeia da soja, que na safra passada propiciou o sequestro de cerca de 100 milhões de toneladas de CO2 e a economia de R$ 28 bilhões por não se usar adubo nitrogenado.

Outros resultados que causaram impacto foram o mapeamento de carbono orgânico nos solos brasileiros, que armazenam 36 bilhões de toneladas desse carbono, sobretudo na Amazônia e na Região Sul, a integração lavoura-pecuária-floresta que sustenta o conceito Carne Carbono Neutro, as pesquisas para redução de emissões na cadeia de suínos e aves que permitem diferenciar as dificuldades de controle de emissões na produção, no processamento e na rede de distribuição das carnes.

O presidente da Embrapa destacou também a repercussão do painel que discutiu o impacto das tecnologias “poupa-terra”, centradas na busca pelo aumento de produtividade, desenvolvidas pela pesquisa brasileira ao longo dos anos, de são exemplos os sistemas de produção de soja, milho e algodão. 

Ele lembra que essas tecnologias permitem ao Brasil manter intocadas grandes áreas de vegetação nativa e que, sem elas, só no caso da soja, seria necessário adicionar mais 71 milhões de hectares para oferecer ao mundo a atual produção de grãos.

Ele ressaltou ainda o lançamento, pelo Governo Federal, do Programa Nacional de Crescimento Verde, que incorpora todas essas tecnologias e outras como o plantio direto e florestas plantadas e os esforços para o desenvolvimento da bioeconomia, sobretudo na Amazônia com a intensificação tecnológica das cadeias do tambaqui, do açaí, da mandioca e do guaraná.

Outras participações de lideranças e pesquisadores da Embrapa na COP26 também contribuíram para demonstrar que a agricultura brasileira e a economia dela derivada estão amplamente amparadas por sólida base de pesquisa científica, claramente dedicada à busca de sistemas de produção mais sustentáveis.

Fonte: Embrapa

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