CPI das invasões de terra segue trotando em Brasília

Bancada da Frente Parlamentar da Agropecuária unifica requerimentos para investigar invasões de terra promovidas por movimentos sem terra

Os membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Ricardo Salles (PL-SP) unificaram os requerimentos de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as invasões de terras produtivas praticadas pelo Movimento dos Sem Terra (MST) no país.

A FPA não é a autora do pedido, mas apoia a iniciativa. O presidente da bancada, deputado Pedro Lupion (PP-PR), destacou em entrevista coletiva nesta terça-feira (14), na Câmara dos Deputados, que “a bancada apoiará em peso a criação da CPI”. O colegiado conta com 348 parlamentares no Congresso Nacional. “A inciativa partiu dos membros da bancada para eleger um único texto e a proposta definida foi a apresentada pelo deputado Coronel Zucco”, explica Lupion.

Os requerimentos pela CPI foram apresentados depois de o MST invadir fazendas nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no Sul da Bahia, e Macajuba, no Centro-Norte baiano. A senadora Tereza Cristina (PP-MS) ressaltou que o setor agropecuário não é contra a reforma agrária, mas sim contra invasões de terras.

É um anseio da população que esse problema seja resolvido. E saber realmente de onde vem os financiamentos para que essas invasões aconteçam no Brasil”, comentou a senadora.

Comissão parlamentar de inquérito

Nesta semana o pedido de CPI contava com a adesão de 150 parlamentares. Autor do pedido de requerimento para a instalação de CPI para investigar as invasões de terras, o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) disse que “os demais votos necessários para abertura da comissão já estão mapeados”. Para que o pedido seja analisado pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), são necessárias 171 assinaturas.

“Temos que respeitar a agropecuária, setor responsável na economia por ocasião da pandemia. Estamos vendo invasões de propriedades produtivas e nos primeiros 2 meses do ano tivemos mais invasões do que nos últimos 4 anos,” disse o parlamentar.

“As práticas desses grupos muito pouco se assemelhavam pela luta da terra e muito mais se aproximavam de práticas de extorsão e diversas outras figuras do código penal. Essa iniciativa da instalação da CPI é uma demonstração de união de todos os deputados que querem o bem do Brasil e do agro”, frisou o deputado Ricardo Salles (PL-SP).

Já o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) reforçou que o objetivo da CPI é investigar crimes que foram cometidos e que estão sendo anunciados ao redor do Brasil. “Reforma agrária se dá com o devido processo legal, não é um movimento privado, não é um individuo que decide aplicar o texto constitucional na prática.”

Por fim, o deputado Evair de Mello (PP-ES) caracterizou as invasões como “atos de terrorismo”. Ele complementa ao dizer: “precisamos de uma solução para que o Brasil possa ter tranquilidade e segurança jurídica no campo”.

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