O nicho da carne angus desconhece a crise e diz que recompensa investimentos. Raça produz carne de alta qualidade e o mercado consumidor tem crescido!
Em 2018, foram abatidos 430 mil animais de sangue 100% angus e com 50% ou 75% de cruzamento, basicamente com zebus. Cresceu em volume e o plantel ganhou mais áreas geográficas, mostrando que a precocidade desses animais e a premiação recebida dos frigoríficos compensam os investimentos em melhoramento genético.
Este ano a meta prevista de mais 10% deve ser atingida e em parte deve-se à vitrine que os Concursos de Carcaça, parceria da Associação Brasileira de Angus (ABA) e das indústrias, apresentam ao mercado. Money Times deu ontem (2), por exemplo, o resultado do certame do Frigorífico Verdi, de Santa Catarina.
São seis concursos anuais, com frigoríficos do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e dois no Rio Grande do Sul. Sexta (6), será a segunda rodada do concurso do gaúcho Frigorífico Silva.
Não há interferência da ABA na precificação extra sobre a @ vigente em cada praça, como explica Gabriel Beltrão, coordenador da qualidade da carne angus, mas varia na média de 4% a 10%, dentro dos padrões exigidos, além de bônus como volume e regularidade de entrega aos compradores.
O Programa de Certificação da Carne Angus também é outro programa que confere credibilidade, embora independa dos frigoríficos promoverem ou não concursos.
As diferenças regionais também somam aos quesitos como peso, acabamento/rendimento, idade e conformação de carcaça. No Rio Grande do Sul, prevalecem animais 100% (até pela ausência de rebanho zebuíno) ou no mínimo com 75% de mistura.
Inclusive porque a raça, de origem europeia (taurina), menos resistente às temperaturas mais elevadas, é adaptada às condições climáticas do Sul.
“Também pela cultura local, não se aceita machos inteiros, somente castrados”, diz Beltrão, lembrando que animais castrados tem um melhor marmoreio da carne.
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No resto do País, predomina o cruzamento industrial de no mínimo 50%, como exige a entidade para certificar a carne, além de boi não castrados, já que a pecuária é mais intensiva em confinamento, com necessidade de ganho de peso mais acelerado.
Das raças taurina a angus é a mais festejada no consumo de carne de nicho brasileiro, que desconhece a crise econômica, além de assegurar um corredor seguro de exportações, principalmente para a Europa.
Fonte: Money Times