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Descubra como melhorar a produção de leite e a rentabilidade da sua fazenda

Entenda como melhorar a sua lucratividade e eficiência produtiva na fazenda produtora de leite.

Um bom projeto começa com um bom planejamento. Em sistemas de confinamento, como o free-tall ou compost barn, é importante fazer um projeto bem planejado, visitar outras propriedades, obter assessoria de um bom profissional (agrônomo, veterinário, engenheiro civil), para que adeque às condições do terreno e às características do rebanho.

Assim como acontece com os humanos, o ambiente e o conforto desempenham um papel vital na saúde e no bem-estar dos bovinos. Por exemplo, se as vacas permanecerem em uma área confortável e tranquila, sua produção de leite aumenta consideravelmente.

O bem-estar de bovinos, em especial as vacas, é um termo utilizado para descrever o nível geral de conforto do animal em seu ambiente na fazenda. É uma parte importante da manutenção de sua saúde e deve ser levado a sério por criadores que desejam uma melhor produção de leite.

A importância do bem-estar das vacas na produção do leite

O conforto das vacas e o bem-estar é extremamente importante para qualidade do leite e deve ser prioridade para produtores de leite e veterinários. Ambos devem trabalhar juntos para garantir um ambiente saudável, bem cuidado e limpo para que as vacas possam produzir um leite de alta qualidade.

O que é bem-estar

Primeiro precisamos deixar claro o que é bem-estar, na definição de BROOM & MOLENTO, a definição de bem-estar animal é muito complexa mas pode ser definido como momento de um indivíduo onde não existam problemas para serem resolvidos, onde este indivíduo encontra-se com bons sentimentos, indicativos de bons parâmetros fisiológicos e do comportamento. Bem-estar considera, dentre diversos aspectos, a qualidade de vida física e mental do animal.

O bem-estar da vaca pode ser medido cientificamente por meio de características biológicas, como produtividade, sucesso reprodutivo, taxa de mortalidade, comportamentos anômalos, atividade adrenal, grau de imunossupressão e incidência ou severidade de ferimentos e doenças.

Quanto mais saudável estiver o corpo de uma vaca, melhor será o leite que ela produz.

A produtividade é uma característica que pode ser utilizada para avaliar o bem-estar das vacas, pois a diminuição na produção pode indicar a falta de bem-estar. É importante entender que a máxima produtividade não é sinônimo de ótimo nível de bem-estar e que, à medida que o sistema se torna mais intensivo e as técnicas de criação buscam explorar ainda mais o potencial biológico do animal, acontecem aumentos adicionais de produtividade em detrimento do bem-estar animal.

Veja também como o mercado tem visto o tema: Importância e valorização das empresas que se preocupam com bem-estar animal

O conceito de bem estar está atrelado basicamente a alguns cuidados básicos: fornecer alimento e água em quantidade e qualidade adequadas, favorecer trocas sociais saudáveis entre os animais e o ser humano, um ambiente confortável para o animal e um piso seguro que ele possa movimentar causar lesões e sem dor.

Alimento em quantidade e qualidade adequadas

Um sistema de alimentação para vacas em lactação, para ser implementado, é necessário considerar o nível de produção, o estágio da lactação, a idade da vaca, o consumo esperado de matéria seca, a condição corporal, tipos e valor nutritivo dos alimentos a serem utilizados.

Água em quantidade e qualidade adequadas

Consumo de água pela vaca varia conforme a matéria seca da ração ingerida, de acordo com a ingestão de proteínas, sal mineral, sal comum, idade dos animais, produção de leite, clima (sendo que, quanto maior a temperatura ambiente, maior o consumo de água).

Saiba mais nesse Artigo: Prejuízos do gado beber água “suja”

A falta de água provoca aumento da temperatura corporal, da frequência respiratória e da pressão arterial, dificultando a circulação do sangue, provoca entorpecimento, e principalmente causa diminuição da produção de leite.

Fonte: Autor

Favorecer trocas sociais saudáveis entre os animais e o ser humano

Os bovinos têm a competência de reconhecer as pessoas que os manejam através de diferentes maneiras. É reconhecido que os animais jovens (bezerros) diferenciam as pessoas baseados em suas experiências prévias. O manejo inapropriado na condução das vacas e no momento da ordenha têm efeito direto na produção de leite. Passe do manejo convencional para o manejo racional, não deixe funcionários gritar ou bater nas vacas.

Selecione e treine bem os funcionários que vão lidar com sua fonte de receitas. As vacas se mostram agitadas quando retornam aos locais onde ocorrem manejos aversivos, e se utilizam de informações visuais, como a face, a altura, ou formas do corpo de uma pessoa para reconhecê-la, sendo que, o odor parece não contribuir para a identificação. Portanto, a contratação de profissionais cuidadosos no manejo e condução dos animais também faz parte do conceito de bem-estar.

Ambiente confortável

Um importante aspecto do bem-estar das vacas são as instalações onde elas vivem, seja em um Compost barn ou free stall. As vacas devem ser alojadas em galpões bem ventilados e arejados, por isso, devem ser instalados ventiladores dimensionados adequadamente ao tamanho do ambiente, tanto em termos de potência como em termos de quantidade. Outra estratégia é a instalação de micro aspersores de água, aumentando a umidade no ar a temperatura cai consideravelmente.

O estresse térmico é um dos fatores que mais incide na diminuição de produtividade da pecuária leiteira em regiões de altas temperaturas, e acarreta prejuízo na produção leiteira de até 25-30 % segundo Gilberto Henrique Simões. Em sua dissertação, Gilberto destaca que o sistema de climatização com ventiladores e aspersores mostrou-se superior e com boa eficiência, e proporcionou melhores condições térmicas aos animais com aumento de 18,75% e 9,96% na produção leiteira frente a ambos os tratamentos. Este tipo de sistema de arrefecimento evaporativo é uma excelente alternativa para diminuição do estresse térmico e melhora da produção em condições com altos desafios térmicos.

O piso dos corredores de acesso a sala de ordenha bem como o piso da sala de espera e da sala de ordenha precisam ser seguro (antiderrapante), porém não podem ser um piso duro e áspero para que as vacas possam movimenta-se sem escorregar, causar lesões e sem dor.

É importante considerar todos os aspectos do conforto dos animais, especialmente em relação ao piso por onde as vacas caminham e permanecem por mais tempo (áreas de circulação, beira de cocho e bebedouro).

Por isso, é de vital importância investir em bons pisos emborrachados para corredores de acesso, sala de espera, sala de ordenha entre outros ambientes por onde as vacas possam caminhar. O gado leiteiro deve ter um piso macio e seco, que seja confortável e ofereça segurança (ação antiderrapante).

Em criações semi-intensivas e em confinamentos (free-stall ou compost barn), com pisos de cimento (concreto) duros e ásperos ocorre o desgaste excessivo da sola, que fica mais fina. Normalmente esses ambientes são também úmidos, pesquisadores indicam que pisos de concreto úmidos são cerca de 83% mas abrasivo que o piso de concrete seco.

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É importante ressaltar que problemas com cascos de vacas leiteiras estão entre as principais causas que mais geram prejuízos aos produtores de leite. Doenças como dermatite interdigital e panarício interdigital podem trazer grandes dores de cabeça aos criadores e prejudicar a rentabilidade da fazenda.

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Fonte: Vedovati Pisos

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