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Dia Mundial do Leite: setor vive desafios para crescer no Brasil

Do campo à mesa, o leite é fonte essencial no suprimento de alimentos de muitas famílias e fonte de renda para produtores rurais e indústria

Um dos mais importantes produtos da agropecuária brasileira merece uma data especial no calendário. No dia 01 de junho é comemorado o Dia Mundial do Leite. Do campo à mesa, o leite desempenha um papel relevante não só como fonte essencial no suprimento de alimentos de muitas famílias brasileiras, mas também na geração de empregos e renda do País.

A produção atual de leite no Brasil está em torno de 33,6 bilhões de litros anuais. O rebanho leiteiro brasileiro é o segundo maior do mundo, ficando atrás apenas do da Índia, segundo informações da Embrapa Gado de Leite.

Do campo à mesa

Para que o leite de qualidade e seus derivados cheguem à mesa do consumidor existe uma cadeia produtiva trabalhando todos os dias, faça chuva ou faça sol.

O leite consumido percorre muitos caminhos antes de chegar à mesa. Tudo começa com o produtor rural, que cada dia mais preza pela saúde e o bem-estar dos animais do seu rebanho; chegando à indústria de laticínios – que prima pela qualidade do processamento do produto para garantir um produto altamente seguro ao consumidor. Com logística eficiente, o leite chega às prateleiras dos supermercados e depois segue para a casa dos brasileiros.

“Muitas vezes, o consumidor comum não imagina qual é a jornada que o leite percorre entre o campo e a nossa casa. No entanto, conhecer cada passo dessa trajetória é uma forma de se conectar com o alimento e também com quem está do outro lado da cadeia produtiva, trabalhando para entregar um produto nutritivo, seguro e de alta qualidade”, comenta o coordenador do Movimento “Todos a Uma Só Voz”, iniciativa que tem como objetivo aproximar o agronegócio da população brasileira, Ricardo Nicodemos.

Para endossar essa defesa da união entre a cadeia produtiva e os consumidores, o Movimento está preparando uma série de webinars chamada “De Lá Pra Cá – de onde vem o que consumimos” que mostrará o caminho que os produtos percorrem saindo do campo até chegar aos consumidores. A ideia é que essa série online tenha uma linguagem informal e acessível em que os representantes da cadeia produtiva expliquem como é o processo de fabricação dos produtos.

A tecnologia como uma aliada

A produção leiteira no país tem ganho, nos últimos anos, um aliado de extrema importância: a tecnologia, que oferece não só qualidade ao produto, mas também agilidade no processo, segurança e bem-estar aos animais das propriedades.

Na avaliação da diretora de Comunicação e Marketing da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Maria Thereza Rezende, o agronegócio nunca esteve tão em foco entre as soluções lançadas no mercado tecnológico, até mesmo por influência do comportamento da sociedade, que é cada vez mais exigente sobre a procedência e as metodologias dos processos produtivos daquilo que consome.

“Hoje em dia não dá para imaginar fazendas leiteiras sem tecnificação porque a tecnologia auxilia em uma série de coisas, como na melhoria do bem-estar animal”, pontua. O bem-estar animal é comprovado por meio de auditorias que verificam se as propriedades estão dentro dos padrões exigidos. “Essa segurança e a garantia de qualidade é o que o consumidor mais deseja”.

Para ela, a partir da tecnologia e do conceito de segurança do alimento, presentes nos meios de produção das fazendas brasileiras, é possível verificar a origem do leite e os procedimentos aplicados nos rebanhos durante o processo produtivo, do campo à mesa do consumidor.

Leite saudável e fresco até o destino final

Uma importante etapa para que o leite e seus derivados cheguem de forma segura até o seu destino final é a indústria.

“Realizamos fortes e constantes investimentos em tecnologia e modernização das fábricas. Possuímos um time de mais de 3,5 mil colaboradores que trabalham incansavelmente em um rigoroso processo de qualidade, cuidado que vai desde produtores e parceiros, passando pela atenção aos mínimos detalhes de boas práticas de fabricação, controle de qualidade, distribuição até a disponibilização dos produtos aos consumidores por meio das prateleiras dos supermercados de todo o país”, comenta a gerente de marketing da Italac, Andreia Alvares.

Nos trajetos até à mesa, a tecnologia permite identificar quais os fatores que alteram ou prejudicam os alimentos. No caso do leite, por se tratar de um alimento nutritivo, de baixa acidez e abundante em água – essa composição nutricional o torna muito rico, inclusive para as bactérias que podem comprometer o produto.

Para evitar que isso ocorra, na indústria o leite é aquecido a uma temperatura ultra alta (Ultra High Temperature – UHT) e depois resfriado rapidamente. O chamado envase asséptico permite armazenar o leite na embalagem sem contato com nada, o que faz o produto durar ainda mais e sem a presença de conservantes. Além disso, a embalagem possui seis camadas que protegem o alimento da luz e do oxigênio, aumentando a durabilidade do produto, sem a necessidade de refrigeração.

“No caso do leite UHT, com esse processo de envase 100% asséptico, o alimento não tem nenhum contato manual ou com o próprio ambiente. Já nas caixinhas, o produto é impedido de entrar em contato com a luz, ar ou umidade, preservando os nutrientes por mais tempo e mantendo o sabor, cor e textura do produto, daí vem o nome longa vida. Desta forma, oferecemos segurança e qualidade, o que garante que o leite não tenha contato com o ambiente até o momento da abertura”, explica o gerente de marketing de Lácteos da Tetra Pak, Luis Eduardo Ramirez.

Mitos e verdades do leite

Quando se fala em nutrição e saúde, existem muitos mitos, invenções e erros que se acumulam e são compartilhados livremente entre as pessoas. O consumo de leite de vaca tem sido alvo de malefícios a ele atribuídos de forma errada. Mas, afinal, o leite de vaca faz mal à saúde?

O leite é um produto de alto valor nutricional que está presente no dia a dia da população, seja na versão pura ou nos derivados como queijos, iogurte e manteiga, sendo uma importante fonte de nutrientes essenciais, vitaminas e minerais que mantém as pessoas ativas e saudáveis.

“Além de ser gostoso e servir como ingrediente para uma série de receitas, o leite é um alimento muito nutritivo e fonte de energia, proteínas, aminoácidos essenciais, cálcio, fósforo e vitaminas A e D. Nesse sentido, tanto o leite como os seus derivados podem fazer parte de uma rotina alimentar saudável”, explica a nutricionista, mestre em Saúde Pública, doutora em Ciências pela USP e gerente de comunicação regional na DSM Nutrição e Saúde Humana América Latina, Maria Fernanda Elias.

Ela lembra que pessoas com restrição ao consumo de gorduras podem optar pelas versões do leite semidesnatado ou desnatado. “Vale lembrar que, nesses casos, é importante observar se o leite foi fortificado com as vitaminas A e D, que se perdem no processo de retirada da gordura por serem vitaminas lipossolúveis, ou seja, solúveis em gordura”.

Com o avanço da tecnologia, até mesmo pessoas com intolerância à lactose podem tomar leite. “Basta optar pelos produtos zero lactose”, completa a nutricionista.

Consumo na infância

Por ser um alimento completo, o leite traz benefícios para a saúde em todas as fases da vida, em especial na infância. Rico em cálcio, o leite é essencial para o crescimento das crianças e a formação de seus ossos e dentes. Além disso, é uma ótima fonte de hidratação, o que é de suma importância na fase em que brincadeiras e atividades são frequentes.

Outra vantagem é a facilidade do consumo desse alimento pelas crianças, que costumam, muitas vezes, recusar a introdução de novos alimentos na dieta, principalmente alimentos ricos em vitaminas e minerais, como vegetais. O leite, além de ser rico nesses nutrientes, ainda pode ser um ótimo meio para o consumo de frutas na forma de vitaminas.

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