Dólar abre caminho para boi gordo ter nova valorização

Com a moeda norte-americana se valorizando e chegando próxima dos R$ 5,50, boi gordo se mantém firme na alta e busca os R$ 285,00/@, confira!

A semana começou com dificuldades dos frigoríficos em preencher suas escalas de abate, e com isso, as cotações do animal permaneceram pressionadas. A referência para negócios em São Paulo continuou nos R$ 280,00/@. No entanto, com o dólar batendo na casa dos R$ 5,50, o apetite externo aumentando, alguns negócios de R$ 285,00/@ começam a pipocar. Na B3, o contrato com vencimento para janeiro/21 valorizou-se 1,12%, ficando cotado a R$ 285,60/@.

As exportações de carne bovina voltaram a apresentar força, com números semelhantes aos de novembro/20. Foram 40,68 mil toneladas de proteína bovina encaminhadas para fora do país nos últimos cinco dias úteis, resultando em uma média diária de 8,14 mil toneladas, 26% maior que a média de dezembro/20.

Além disso, o comparativo anual demonstra um crescimento de 53% na média diária embarcada. O avanço do dólar para próximo da casa dos US$ 5,50 tem atuado como um estímulo as vendas.

Milho

A redução sazonal do apetite dos compradores do mercado interno neste momento tem travado as negociações de milho em São Paulo, no entanto, com o dólar e os poucos vendedores que ainda restam se mostram “relutantes”, a cotação do milho em São Paulo continuou firme e buscando os R$ 84,00/sc. Na B3, o dia foi de valorização para o vencimento em março/21, que fechou o dia cotado a R$ 86,67/sc.

Com pouco mais de 641 mil toneladas embarcadas durante a última semana, a exportação de milho brasileira começa a dar sinais de recuo frente a diminuição de oferta no mercado interno.

A média diária de cereal embarcado ficou em 128,26 mil toneladas, 44% a menos do que em dezembro/20. O recuo foi menos intenso sobre a receita, isso por que o preço médio do milho vendido pelo Brasil para o mercado externo apresentou valorização de 15% no comparativo com dezembro/20, movimento justificado pelas altas das cotações do cereal em Chicago que já se aproxima dos US$ 5,00/bu

Soja

O mercado de soja começa a terça-feira de olho no relatório mensal de oferta e demanda que será divulgado pelo USDA ainda hoje. No Brasil, a referência para negócios no mercado físico continuou nos R$ 167,00/sc, no entanto, com a oferta restrita poucas negociações são efetivadas.

Nos EUA, o contrato com vencimento para março/21 fechou o dia com queda de 0,16%, cotado à US$ 13,73/bu, também à espera do relatório de oferta e demanda do USDA.

A escassez de soja no mercado interno levou as exportações de soja a registrarem o ínfimo volume de 58 kgs embarcados para fora do país na última semana.

Com isso, praticamente não há referência de comparação com anos ou meses anteriores, visto que esse volume exportado representa um recuo de 100% frente a média diária do mês passado ou do mesmo mês de 2020.

Fonte: Agrifatto

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