Exportação de carne bovina atinge recorde em abril

De acordo com Ministério da Economia, os embarques de produtos do agro no geral aumentaram para a Ásia e diminuíram 34% no período.

O Brasil exportou mais do que importou e a balança comercial  em abril registrou superávit de US$ 6,7 bilhões. Este  é o melhor resultado para o mês em três anos. Um dos destaques de abril foram as exportações de proteínas. 

Os embarques de carne bovina, por exemplo, atingiram 116,2 mil, alta de 2,91% na comparação com o mesmo período do ano passado. Este é um novo recorde de volume para o mês. Frente a março deste ano, os embarques caíram 7,62% em relação às quase 126 mil toneladas exportadas.

A carne suína também registrou alta. Foram embarcadas 62,9 mil toneladas em abril, incremento de 17,4% sobre abril de 2019, mas queda de 15% na comparação com março de 2020.

No caso da carne de frango in natura, os embarques brasileiros totalizaram 320,8 mil tonelada, recuo de 3,88% na comparação com igual mês de 2019 e queda de 1,1% considerando o volume de março deste ano.

Ásia e Oriente Médio

Segundo dados do Ministério da Economia, o volume de produtos vendidos à países da Ásia aumentou. Agora, o continente representa 47,2% do total das nossas exportações. No entanto, as exportações brasileiras de produtos agropecuários em abril caiu 34% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os embarques de milho, por exemplo, caíram 98%.

Segundo o secretário de comércio e relações internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Leite Ribeiro, o novo coronavírus foi um dos motivos para a queda. Ele explica que essa aconteceu por conta do fechamento de todo a cadeia de food service, que inclui restaurantes, comércio, hotéis, etc. 

“O ramadã começou em 23 de abril ano e no passado foi em 25 de maio. Você tem uma grande compra que antecede o período do ramadã e essa variação pode justificar o número de abril, mas isso ao longo do ano será corrigido”, explica.

Outro motivo para a redução dos embarques brasileiros foram medidas protecionistas adotadas por países do Oriente Médio, como a Arábia Saudita. “Tivemos duas empresas que perderam a habilitação para exportar sem que houvesse justificativa técnica plausível para isso. Simplesmente a Arábia Saudita quer eliminar a importação de frango para desenvolver sua própria produção”, disse Ribeiro.

Fonte: Canal Rural

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