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Importação de leite neste momento é predatória

Medida reivindicada pela Abraeite visa a atenuar a crise vivida pelos produtores de leite, que enfrentam altos custos de produção e recuo nas cotações do preço do produto.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (PMDb/RS), reforçou esta semana   o pedido feito pela Abraleite ao governo federal para suspender temporariamente as importações de lácteos. A reivindicação ainda está sendo analisada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A medida reivindicada pela Abraeite visa a atenuar a crise vivida pelos produtores de leite, que enfrentam altos custos de produção, recuo nas cotações do preço do produto e estiagem, no caso daqueles que se dedicam à atividade no Sul do país.

“A nossa cadeia produtiva do leite é, ao mesmo tempo, gigante e vulnerável. A importação de leite neste momento é uma ação predatória. Vai desequilibrar completamente nossa cadeia produtiva e levar produtores à falência. Portanto, nós queremos temporariamente a suspensão da importação e manifestar nosso total apoio ao pleito da Abraleite”, diz Alceu Moreira.

No final da tarde desta quinta-feira, o Assessoria de Comunicação do Mapa informou ao AGROemDIA que “as propostas [de suspensão temporária das importações de lácteos] foram recebidas e estão em análise pela área técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”.

NOTA PÚBLICA – CRISE SETOR LEITEIRO

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) registra seu apoio ao setor leiteiro que enfrenta uma crise diante do atual cenário e dos alertas emitidos pelos produtores, pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite) e outras entidades.

As importações de produtos lácteos nos últimos meses ameaçam provocar um grave desequilíbrio na cadeia produtiva de leite do Brasil e o Governo Federal está sendo acionado pela FPA para que intervenha no sentido de frear temporariamente a compra de lácteos de outros países em especial da Argentina.

A situação é extremamente delicada, pois houve um aumento generalizado dos custos dos principais insumos utilizados, especialmente dos alimentos concentrados.

Em recente divulgação do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, foi demonstrado que o preço do leite ao produtor em novembro, referente ao produto captado em outubro, pode cair entre 5% e 7% em relação ao mês anterior. Paralelamente, o setor convive com a alta 13,24% nos custos de produção no acumulado do ano (até outubro).

De acordo com informações do Centro de Inteligência do Leite, da Embrapa Gado de Leite, no cenário internacional, a pandemia teve impacto no setor leiteiro, de forma e intensidade diferente, dependendo da região, porém alguns fatores que tem contribuído para a atual crise são comuns: os altos custos de produção, a seca e entrada de leite em pó estão levando produtores de leite a vender, cada vez mais, vacas para o abate para poderem pagar as contas e se manterem em pé.

Cientes dessa situação, precisamos adotar medidas para reequilibrar o setor, acionamos o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e mobilizamos nossa Frente Parlamentar para dialogar com os produtores e encontrar a solução.

Manifestamos nosso apoio à toda cadeia leiteira que tem uma enorme importância econômica e social em 99% dos municípios brasileiros. O Brasil é o 3° maior produtor do mundo e o leite é o 6° produto de maior importância na cadeia do agro brasileiro e este setor emprega direta e indiretamente mais de 20 milhões de brasileiros.

Precisamos defender e valorizar o leite produzido no Brasil, pois o agravamento dessa crise coloca em risco o sustento de milhares de produtores e o fornecimento de um produto de tamanha importância na alimentação dos brasileiros.

Brasília, 18 de novembro de 2020.
Frente Parlamentar da Agropecuária
As informações são do AGROemDIA e FPA.

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