Invasores abatem bois e roubam carne; ‘Só deixam a cabeça’

Pecuaristas estão perdendo o sono! Invasores abatem bois e roubam carne e, segundo os produtores: ‘Só deixam a cabeça’. Até quando isso vai acontecer?

Os produtores rurais que trabalham com a pecuária, especificamente na criação de bovinos no interior da Bahia, estão perdendo o sono com roubos e furtos de gado ocorridos no estado ao longo de 2022. Mais oito bois foram mortos na madrugada em São Gonçalo dos Campos, a cerca de 140 km de Salvador. O prejuízo é de quase R$ 50 mil. Invasores abatem bois e roubam carne e, segundo os pecuaristas: ‘Só deixam a cabeça’. Até quando isso vai acontecer?

No primeiro caso do mês, os criminosos invadiram uma fazenda, mataram cinco animais, ainda no pasto, fatiaram a carne e a levaram, deixando apenas as cabeças. Na madrugada do dia 15, o crime voltou a acontecer na propriedade do lado. Foram sete animais mortos, inclusive uma vaca que estava enxertada, e um cavalo que não teve o corpo levado.

Em Uauá, na região Norte do estado, na terça-feira (25), a Polícia Militar prendeu um homem e apreendeu dois adolescentes com posse de 13 cabeças de gado, um caminhão e uma motocicleta que foram roubados de uma propriedade rural em Juazeiro.

De acordo com a PM, o grupo fez a família que estava na propriedade de refém e os torturou antes de levar o material que foi roubado. Na última quinta-feira (20), na cidade de Amélia de Rodrigues, perto de Feira de Santana, 11 bovinos também foram roubados. Os criminosos teriam invadido a fazenda, matado os animais e levado toda a carne. Segundo a polícia, depois da ação dos criminosos o proprietário chegou no local e encontrou apenas as vísceras dos animais espalhadas pelo chão.

Um tipo de crime que tem se tornado comum em outros pontos da Bahia. Só em setembro, no município São Gonçalo dos Campos – conforme citado anteriormente – , pelo menos três fazendeiros perderam cabeças de gado para bandidos que entraram nas propriedades durante a madrugada, mataram os animais e levaram a carne para vender

Roberto da Silva Vanderlei, 50 anos, é produtor rural na região há mais de uma década e foi uma das vítimas. No meio do último mês, ele perdeu oito cabeças de gado em ação criminosa que resultou em um prejuízo acima de R$ 40 mil. “Na nossa região, foram roubadas três propriedades. Tudo da mesma forma, com eles chegando na madrugada,  quebrando a cerca, sacrificando o gado e levando a carne, só deixam a cabeça. Na minha, foram oito. O prejuízo foi R$ 40 mil porque eram gados de 20 arrobas”, conta ele.

Na ação, segundo os fazendeiros, os suspeitos tiram apenas a cabeça do boi para matá-lo e colocam todo o resto do corpo nos caminhões e carros que utilizam. Odair Nascimento, 47, é produtor rural nas imediações da cidade de Itororó, no sudoeste da Bahia. Ele conta que por lá é comum ver esse tipo de crime.

Ladrões dilaceram gado

Segundo informações de outros produtores que também compartilharam as imagens, a propriedade está localizada no município de Tubarão, região Sul de Santa Catarina. Cabe ressaltar que, segundo as informações o furto de gado lidera as ocorrências criminais contra o agronegócio em SC.

Um lugar maravilhoso desse, uma propriedade bacana e o cara chega de manhã na fazenda e olha aí…“, diz o produtor indignado ao encontrar os restos dos animais mortos.

Ele ainda complementa o registro dizendo que foram 4 animais de uma única vez. “Olha só, não foi nem um e nem dois, foi quatro de uma vez só. Quatro terneiros de 250 quilos“, relata.

Assista abaixo o registro feito pelo produtor rural:

A seguir você pode ver imagens chocantes de animais dilacerados incluindo um feto bovino, que aconteceram em outra propriedade na região.

Carcaça abandonada na propriedade.

O que se entende por crime de abigeato?

Trata-se de crime de furtos envolvendo animais do campo, destacando entre esses o gado. Tem por característica o fato de ser, na maioria das vezes, praticado durante o período noturno, haja vista que a escuridão ou a pouca vigilância acaba por facilitar a execução do delito e também tornar difícil a identificação do agente praticante.

Compre Rural com algumas informações do Correio

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