Agro: Bolsonaro ou Lula, veja quem tem a melhor proposta

Por ser uma disputa que tem dividido o país, com um primeiro turno bem disputado, trouxemos as principais propostas de cada candidato para o setor que comanda quase 1/3 do PIB do país.

O segundo turno para presidente e nos estados onde o pleito não foi definido no primeiro turno ocorrerá no dia 30 de outubro. Com a disputada seguindo entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), pela presidência da República. Com 100% das urnas eletrônicas apuradas em todo o país, o ex-presidente soma mais de 48,43% dos votos válidos. O atual presidente aparece com 43,20%.

Por ser uma disputa que tem dividido o país, com um primeiro turno bem disputado, trouxemos as principais propostas de cada candidato para o setor que comanda quase 1/3 do PIB do país. Uma coisa é fato, o agronegócio sempre se mostrou a favor do atual Presidente, o Bolsonaro, já que o setor teve um dos maiores avanços dos últimos governos.

Já o ex-presidente e candidato pelo PT, o Lula, vem desagradando parte do setor que tem se sentido ameaçado pelas falas e plano de governo. Durante a campanha eleitoral, as declarações do candidato a presidente pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, aumentaram seu distanciamento do agronegócio. Em entrevista à TV, ele chegou a afirmar que parte do setor é fascista e direitista. 

Discursando para militantes, propôs impor limites à exportação de carne, setor em que o Brasil é líder mundial. Antes, a bancada do PT havia protocolado um projeto para taxar “o abuso da exportação de alimentos”. Chefes do MST já informaram que em um eventual novo governo Lula, haverá mais invasões de terra. Para arrematar, o petista afirmou que o agronegócio não gosta dele porque sabe que, se for eleito, “vai acabar com a invasão da Amazônia”.

Independentemente de quem vencer o segundo turno no pleito presidencial, há, desde já, a certeza de que a agropecuária será parte importante do governo. Tanto Lula quanto Bolsonaro têm em seus respectivos programas propostas para o setor que ajuda a movimentar a economia brasileira.

Planos de Bolsonaro para o agro

Em seu programa de governo, Bolsonaro dá vez ao agronegócio. O termo “agropecuária” aparece 16 vezes no plano enviado ao TSE. “Agricultura” se faz presente em sete trechos. Por sua vez, “agronegócio” é mencionado em três oportunidades. “Reforma agrária” é grafada em dois momentos. Enquanto isso, “pecuária” e “agricultores familiares” são citados uma vez cada.

Entre as propostas para o setor do agro, Bolsonaro defende a possibilidade de aumentar a produtividade rural, mas sem aumentar a área de plantio. O programa ainda cita o plano de estimular a sustentabilidade, apoiando empresas, cooperativas e os pequenos produtores do campo.

Em outro trecho do programa, o candidato do PL fala sobre a necessidade de se levar recursos tecnológicos, como o 5G, e segurança para as famílias que vivem e trabalham no campo.

O governo federal deverá buscar soluções específicas para a proteção de áreas fora dos núcleos urbanos, protegendo não só a família do campo, mas os equipamentos e insumos de uma forma geral, cujo valor agregado altíssimo tem levado parcela de criminosos a se voltar para esse público.

Planos de Lula para o agro

Em seu programa de governo, Lula aborda a reforma agrária. O candidato do Partido dos Trabalhadores afirma estar comprometido com ações voltadas a esse âmbito. Para isso, sinaliza vontade de colocar em prática “um novo modelo de ocupação e uso da terra urbana e rural.”

“Daremos apoio à pequena e média propriedade agrícola, em especial à agricultura familiar. Políticas de compras públicas podem servir de incentivo à produção de alimentos saudáveis e de qualidade – que têm tido sua área plantada reduzida nos últimos anos por falta de apoio do Estado –, e de estímulo à ampliação das relações diretas dos pequenos produtores e consumidores no entorno das cidades”, escreve o petista.

Foto: Reprodução Facebook

O candidato, que mandou à Justiça Eleitoral uma segunda versão de plano de governo após admitir que foi um erro propor a regulação do setor da agropecuária, afirma que fortalecerá a Embrapa, para que ela consiga fornecer ainda mais recursos tecnológicos aos produtores. Também fala em políticas voltadas à sustentabilidade, à agricultura familiar e à agricultura orgânica.

“É estratégico para repensar o padrão de produção e consumo e a matriz produtiva nacional, com vistas a oferecer alimentação saudável para a população”, avalia.

Quanto ao MST, defendeu o movimento dizendo que “pouquíssimas” terras produtivas foram invadidas no país (fato desmentido em reportagem). E, dessa vez, e tem associado os produtores ao desmatamento na Amazônia.

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