
O Brasil permanece como maior exportador mundial de carne bovina; O país responde por quase 23% do volume total de carne bovina comercializada externamente.
Conforme anunciado em julho, pelo Broadcast Agro, as exportações de carne bovina brasileira pode ganhar mercados que são almejados há um bom tempo. O Japão disse estar, atualmente, “trabalhando com técnicos responsáveis pelas quarentenas do Brasil e do país asiático no processo de liberação da importação de carne bovina brasileira”.
Atendidos especialmente pela Austrália quando precisam de carne bovina, Japão e Coreia do Sul procuraram o Brasil recentemente para avançar nas tratativas para comprar o produto também do País.
O Brasil permanece como maior exportador mundial de carne bovina, seguido pelos Estados Unidos, Índia e Austrália, de acordo com relatório referente ao mês de julho divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quarta-feira (10). O volume total das exportações de carne bovina pode atingir quase 12 milhões de toneladas, significando um crescimento de 4,1% sobre os embarques de 2021.
O grupo dos 10 maiores exportadores apresenta crescimento anual de 5,2%, o que significa quase 90% do total comercializado no mercado internacional. Entre eles, para Argentina, Nova Zelândia e Uruguai são previstas quedas nos volumes comercializados.
Para o Brasil, é estimado exportação de 2,725 milhões de toneladas, um incremento anual de 17,5%. O país responde por quase 23% do volume total de carne bovina comercializada externamente.
Em entrevista exclusiva ao Broadcast Agro, a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Ana Lucia Viana, atribui o interesse ao surto de casos de febre aftosa na Indonésia, país vizinho da Austrália.
- Votu International Rodeo anuncia premiação histórica de R$ 560 mil
- IA tem potencial para revolucionar a produção de carne na raça Nelore
- Além do Plano Safra: modelo de crédito com taxas menores ganha espaço
- Mitos e verdades sobre consumo de carne bovina são debatidos na 2ª Fenagen em Pelotas
- Emater: plantio de trigo no RS atinge 50% da área, mas umidade ainda atrapalha
“Estamos trabalhando muito com esses dois países, que são grandes consumidores de carne bovina e suína, para ocupar essa possível parcela do mercado. A gente espera que o espaço que a Austrália efetivamente deixar nós consigamos ocupar“, disse nos bastidores do Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (Siavs), promovido pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
A gente espera que o espaço que a Austrália efetivamente deixar nós consigamos ocupar
A Austrália não tem nenhum registro de febre aftosa em seu território hoje. Ana Lucia revelou que o Ministério da Agricultura encaminhou toda documentação solicitada. “Respondemos tudo o que eles estão pedindo. E quando pedem informação adicional, nós já mandamos”, pontuou.
Compre Rural com informações do Broadcast Agro e Pecsite