Javalis: Justiça aplica multa milionária por abate, entenda!

Juiz cita “Hakuna Matata” ao proibir Vale de sacrificar javalis, eles foram resgatados nas áreas de risco da barragem em Barão de Cocais seriam sacrificados pela mineradora.

A Vale S/A e o IMA – Instituto Mineiro de Agropecuária não poderão sacrificar javalis resgatados nas áreas de risco da barragem em Barão de Cocais/MG. Em sua decisão, o juiz de Direito Luís Henrique Guimarães de Oliveira, da vara Única de Barão de Cocais/MG, destacou a famosa frase de animação infantil “hakuna matata”, que significa “sem nenhum problema”.

Infelizmente, a falta de conhecimento sobre o assunto por parte da justiça traz um precedente péssimo no que diz respeito ao controle populacional dessa praga que assola o meio ambiente e o setor produtivo do país. É um absurdo que seja impedido de ser feito o abate desses animais. Mais uma vez, a “ignorância” faz com que continuemos sofrendo com essa praga!

De acordo com o MP, a Vale, com base em parecer do IMA, pretendia efetivar o extermínio dos javalis sob os argumentos de que representam risco ambiental e à agricultura, além de representarem risco à saúde e à segurança dos manejadores dos animais, mesmo que mantidos em cativeiro.

O MP lembrou do TAC – Termo de Ajustamento de Conduta firmado com a Vale S.A, no qual a mineradora se compromete a proporcionar e garantir a segurança e o bem estar dos animais resgatados nas áreas de risco de rompimento de barragens de sua propriedade.

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Ao analisar o caso, o magistrado ressaltou que os javalis rondam o imaginário infantil por meio de animações, destacando a famosa frase “hakuna matata”, que significa “sem nenhum problema”. Para o juiz, não parece ser essa a situação que ronda os javalis dos autos, que seriam vítimas de eutanásia.

O juiz destacou que, foram estabelecidas diversas obrigações a serem cumpridas pela Vale, que, voluntariamente, celebrou o TAC.

“O parágrafo primeiro, da cláusula oito, não faz distinção de quais animais merecerão proteção por meio do plano de fauna, bastando serem resgatados. Ora, se a própria ré realizou os resgates dos javalis, qualquer medida que ponha em risco esses animais (como a eutanásia) traduz-se em descumprimento do TAC.”

Diante disso, concedeu a antecipação dos efeitos da tutela de urgência para determinar que a Vale e o IMA se abstenham de proceder à eutanásia dos javalis resgatados, sob pena de multa de R$ 200 mil por animal abatido.

Veja a Decisão completa no documento abaixo:

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GNR apanha homem por caça ilegal de javali

Um homem, de 41 anos, foi identificado pela GNR em Mortágua, por caça ilegal a um javali. Os militares conseguiram interceptar o suspeito, depois de terem recebido várias denúncias e investigado durante oito meses.

Os agentes também conseguiram localizar mais de 50 cevadouros em zona florestal e agrícola, tendo sido realizadas três buscas, duas domiciliárias e uma em veículo.

A operação culminou na apreensão de cinco caçadeiras, uma câmara de videovigilância, um silenciador e uma lanterna, bem como 507 munições, 93 invólucros, quatro miras telescópicas, duas carabinas e um suporte de escada de árvore de escalada para equipamento de caça. O suspeito foi constituído arguido e os factos foram remetidos ao Tribunal de Santa Comba Dão. 

Com informações do Migalhas e Jornal do Centro

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