Maior rebanho: MT produz o maior volume de carne bovina da série histórica

Esse aumento na produção, incremento de 15,29% no comparativo anual, foi reflexo da intensificação nos envios de fêmeas para o abate, típica da fase de baixa do ciclo pecuário.

Segundo o IBGE, o estado produziu 715,31 mil toneladas de proteína vermelha entre jan/23 e jun/23incremento de 15,29% no comparativo anual. Esse aumento na produção foi reflexo da intensificação nos envios de fêmeas para o abate, típica da fase de baixa do ciclo pecuário. Ainda conforme o levantamento, divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em seu boletim semanal da bovinocultura, o volume de machos nos frigoríficos no 1º sem/23 avançou 10,68% ante o 1º sem/22, ao passo que o número de fêmeas abatidas foi 26,30% maior no mesmo comparativo.

Vale destacar que a participação de fêmeas jovens no “gancho” das indústrias tem sido cada vez maior, de maneira que no 1º sem/23 as novilhas foram responsáveis por 41,65% do total de fêmeas abatidas — maior percentual da série histórica. Em suma, o atual abate de ventres livres (fêmeas jovens) pode impactar a produção de bezerros, reduzindo a oferta desses animais no longo prazo.

Na 1ª quinzena de set/23 as escalas de abates dos frigoríficos em MT ficaram em 12,91 dias e atingiram o maior patamar para o período na série histórica do Imea, e o indicador está 43,94% maior que no mesmo período de set/22. Esse cenário é resultado, principalmente, do baixo escoamento da proteína para o mercado interno ante a grande oferta de bovinos terminados.

Para se ter ideia, segundo o Indea, em ago/23 foram abatidas 581,51 mil cabeças de gado de MT, maior volume de abate mensal para o estado, o que justifica a queda no preço pago pela arroba do boi gordo vista nos últimos meses.

Por fim, o volume de abate nos próximos meses dependerá do ritmo do envio dos animais confinados para a indústria, uma vez que a oferta de fêmeas é tipicamente menor no segundo semestre e muitas incertezas giram entre os pecuaristas quanto ao volume de bovinos a ser fechado no 3º giro do confinamento.

Líder no ranking de estados com o maior número de cabeças de gado em todo o país, Mato Grosso tem um rebanho bovino de mais de 34,4 milhões de animais, conforme dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT). O quantitativo, sendo 34.473.643 bois, foi levantado durante a campanha de atualização de estoque de rebanho, realizada entre 1º de maio e 15 de junho deste ano.

Boi gordo

Após sucessivas quedas a cotação do boi gordo ficou lateralizada e fechou a semana na média R$ 172,37/@, indicando sustentação nos preços.

Queda na cotação do garrote

Na praça mato-grossense, a cotação do garrote de 18 meses fechou na média de R$ 2.032,86/cab, o que resultou em ajuste semanal de -0,19%.

Atacado sem osso

Com a demanda interna sinalizando melhora, o atacado sem osso valorizou 0,37% no comparativo semanal, com a média de R$ 26,07/kg.

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