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Não tem Black Friday para o boi gordo, dizem pecuaristas

Atenção: não tem Black Friday para o boi gordo. Em um único dia, arroba aumenta R$ 20 em importantes praças pecuárias e pecuaristas querem mais!

Novembro é o mês conhecido como o “mês do desconto, e fazendo uma analogia, pecuaristas avisam que querem vender pelo maior preço e que não tem Black Friday para o boi gordo. Nesta quinta-feira 21, a indústria frigorífica continua agressiva nas compras de gado. Resultado? Uma nova onda de valorizações consistentes e homogêneas para a arroba do boi está em andamento nas praças mais importantes de pecuária. Essa é conclusão da análise diária da Informa Economics FNP, para pagamento em 30 dias.

Carlito, dono de um rebanho de 60 mil cabeças, está com um bom problema nas mãos; vender a R$ 200 ou esperar mais? “Não sabemos a que preço vender”, diz o pecuarista de São José do Xingu/norte do MT, Carlito Guimarães. “Aqui o preço está batendo nos R$ 200, mas amanhã pode estar mais alto; a expectativa é de novas altas e sabemos que está faltando reposição; em fevereiro vai faltar boi”.

Carlito conta que os últimos seis anos foram marcados por muita dificuldade. “Mas depois da tempestade vem a bonança e com a recuperação dos preços melhorou a atividade”, comemora o pecuarista que conta com um rebanho de 60 mil cabeças. 

Segundo a consultoria, em apenas um dia de negociações, o boi gordo subiu até R$ 20 no interior paulista. A arroba saltou de R$ 207 na véspera do feriado (19/11), para R$ 227. Diante da dificuldade de compra, a indústria paulista está indo procurar matéria-prima em estados vizinhos.

Em Mato Grosso do Sul, na praça de Campo Grande, o preço do boi gordo também disparou. Já há negócios realizados a R$ 207. Em 19/11, a arroba valia R$ 190.

Nesta quinta-feira também foram observadas fortes valorizações em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Em Cáceres, MT, o boi atingiu R$ 181/@, ante R$ 173 na véspera do feriado. Em Goiânia, a arroba subiu de R$ 193 para R$ 197. Na região do Triângulo Mineiro, a arroba cravou um salto de R$ 5 no mesmo período, indo para R$ 200.

“A indústria frigorífica eleva as suas indicações de preço constantemente, visando permitir algum aumento no volume de negócios, mas as ofertas que aparecem são, em sua maioria, carregamentos pequenos, com baixo contingente de boiada gorda”, informa a FNP.

Segundo a AgroBrazil

No estado de São Paulo está ocorrendo negócios para o boi gordo que atende o padrão exportação em R$ 230,00/@, à vista.  Com a carne no atacado valorizada, a tendência é que os preços para o boi gordo continuem avançando nos próximos dias já que as indústrias estão repassando as valorizações dos preços do boi ao consumidor.

Segundo o Analista de Mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, algumas ofertas aconteceram na última quarta-feira nos patamares de R$ 227,00/@ a R$ 230,00/@ para receber no próximo ano. “Nesta manhã, os participantes começaram a informar no aplicativo negócios de R$ 230,00/@, à vista e agora esse valor já referência”, comenta.

Novas máximas de preços também estão acontecendo em outras localidades, como no caso de Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Pelo o aplicativo AgroBrazil, foram informados negócios no município de Guararapes/SP a R$ 233,00/@, à prazo com oito dias e data para o abate programa em 28 de novembro.

No aplicativo Agrobrazil, os participantes relataram negócios em Paranaíba/MS a R$ 200,00/@, à vista com data para o abate em 28 de novembro.  Na região de Goiás, os preços em Anápolis estão ao redor de R$ 200,00/@, à vista e com data para o abate no dia 25 de novembro.

No caso do atacado, a média para o estado de São Paulo está precificado em R$ 15,70/kg para o boi casado, isso mostra que as indústrias estão conseguindo repassar as valorizações dos preços do boi para o consumidor. “Nós temos um boi casado que equivale a uma arroba de R$ 235,50/@ e historicamente o boi casado é abaixo de 5% a 6% abaixo, mas estamos vendo sucessivas altas e tem chance de continuar subindo”, relata.  

Com relação à oferta de animais, o analista destaca que o fluxo de saída do confinamento vai proporcionar uma organização a partir do final de dezembro e janeiro. “Como o número de animais que tem para sair é pequeno ainda vai adiantar a safra das águas, que sairia em maio, mas esse problema de oferta restrita vai se repetir novamente”, relata Junqueira.

O analista ainda salienta que os pecuaristas devem ficar atentos as negociações, pois os preços podem mudar a cada dia. “Minha dica para o produtor é ter muita cautela e tentar fazer no dia o melhor negócio e sem fazer muito alarde”, finaliza.

Compre Rural com informações do Portal DBO, Notícias Agrícolas e Agências

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