O agronegócio pede socorro: as consequências da tentativa sorrateira de taxar o setor

É de suma importância diminuir burocracias e tributações. O Governo do Paraná deve guiar e não montar nas costas do produtor, pois não é coerente alijar quem realmente está progredindo.

Apenas aventar a possibilidade de onerar o setor do agronegócio já seria por si um paiol para críticas. Mas o que eram rumores se transformaram em projeto de lei encaminhado pelo Governo do Paraná à Assembleia Legislativa (Alep) prevendo a criação de um Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Logística do Paraná (FDI/PR), com arrecadação por meio da taxação de produtos.

A polêmica foi imediata. Após pressão dos setores produtivos e manifestações, houve recuo e o texto foi retirado da pauta da Alep 24 horas depois de ter sido entregue. Agora cabe acompanhar os diálogos que serão intermediados, já que a tentativa foi além da especulação.

Creio que o caminho deve ser exatamente o inverso. É preciso facilitar nosso produtor e o empresariado paranaense para que possam oferecer produtos com um custo menor. Essa dinâmica melhora os números de exportação com ganhos operacionais.

O Estado não trabalhou as concessões das estradas neste ano por uma situação política e agora vislumbra uma saída casuística para iniciar o que foi prometido no programa de campanha a população. Por isso, é de suma importância chamar os representantes dos seguimentos mais relevantes de cada região e discutir as demandas e as necessidades para tornar o produto mais competitivo. No mundo globalizado a melhor composição do custo logístico é fundamental.

Não há espaço para perdermos para nós mesmos. É necessário organizar cada seguimento produtivo, fazer uma leitura de abastecimento de insumos com menor custo, diminuir gastos operacionais com energia e delegar administração de infraestrutura para o setor privado dentro de um planejamento diretor discutido com o seguimento produtivo.

Além disso, é de suma importância diminuir burocracias e tributações. O Governo do Paraná deve guiar e não montar nas costas do produtor, pois não é coerente alijar quem realmente está progredindo.

Auxiliar quem produz no Paraná proporcionará o ciclo virtuoso que tanto almejamos, com mais exportação e, consequentemente, mais empregos, mais serviços, mais qualidade de vida e maior arrecadação.

Fonte: Por Vinícius Lisboa, CEO da Victoria Advisory.

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