Pecuarista firma o pé e garante arroba a R$ 310,00

Com oferta restrita e frigorífico brigando pelo boi, o momento é do pecuarista “comandar” as negociações e garantir melhores preços na arroba!

O mercado físico do boi gordo apresentou preços em elevação nesta quinta-feira, 4, nas principais praças pecuárias pelo país. A movimentação cambial ao longo da semana, com dólar valorizando frente ao real, motivou os frigoríficos habilitados a exportar a atuar de maneira mais agressiva na compra de gado. Preços chegam a “bonificação” de R$ 15,00/@ para os animais com destino ao mercado externo.

Em São Paulo, negócios envolvendo bovinos de até quatro dentes para exportação ocorreram em R$310,00/@, preço bruto e à vista. A oferta baixa e a demanda firme têm pressionado as cotações. Em algumas negociações pontuais, pecuaristas já dizem negociar por valores acima dessa referência.

Segundo a Scot Consultoria, com as margens seguindo apertadas, os frigoríficos negociaram o boi gordo destinado ao mercado interno por R$1,00/@ a mais na comparação diária, apregoado em R$303,00/@, preço bruto e à vista. 

O preço da novilha gorda subiu na mesma toada, R$1,00/@ a mais, negociada em R$294,00/@, preço bruto e à vista. A vaca gorda ficou estável, cotada em R$280,00/@, nas mesmas condições.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 302,10/@, na quinta-feira (04/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 290,09/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 282,68/@.

Segundo as negociações cadastradas no app, o preços na praça paulista estão variando de R$ 295,00 a R$ 310,00/@. Já o Indicador do Cepea, para a mesma região, obteve uma valorização de 5,93% na comparação diária e fechou o dia cotado a R$ 303,95/@ e garantiu melhor rentabilidade aos pecuaristas!

A estratégia atual da indústria é não ir com muita cede ao mercado, para não tomar prejuízos com o acúmulo de estoques nas câmaras frias, devido ao baixo escoamento da carne no atacado/varejo – um reflexo do quadro de crise na economia e o agravamento da pandemia de Covid-19 em todo o Brasil.

Os pecuaristas, por sua vez, tomam estratégias diferentes, dependendo da região de produção. Em parte do Brasil-Central, os produtores seguram os animais no pasto, em busca de melhores preços para a arroba, pois seguem preocupados com a elevação nos custos de produção, depois do aumento expressivo dos insumos da ração animal, especialmente o preço do milho, além do encarecimento dos animais de reposição.

Mercado Futuro

Os preços do animal flutuaram entre os R$ 300,00/@ e R$ 310,00/@ em São Paulo. Na B3 os contratos com vencimento para março/21 encerraram a quinta-feira cotados a R$ 308,00/@. Os futuros de maio/21 sofreram leve desvalorização de 0,33%, ficando cotado a R$ 299,20/@.

Giro do Boi Gordo Pelo Brasil

  • Nesta quinta, o preço da arroba do boi gordo foi negociada por R$ 307 em São Paulo
  • R$ 295 em Goiás;
  • R$ 303 em Minas Gerais;
  • R$ 290 em Mato Grosso do Sul;
  • R$ 296 em Mato Grosso.

Atacado

O mercado atacadista volta a se deparar com acomodação em seus preços. O ambiente de negócios sugere por pouco espaço para reajustes, mesmo com a entrada dos salários na economia. Basicamente a carne bovina segue em patamar proibitivo. Nesse tipo de ambiente é evidenciado um movimento bastante agressivo de migração para uma proteína mais acessível, caso da carne de frango.

Essa dinâmica tende a se manter em todo o ano de 2021, que deve ser pautado por um lento processo de retomada da atividade econômica.

O corte traseiro ainda é precificado a R$ 19,30, por quilo. Já o corte dianteiro é cotado a R$ 15,40, por quilo. A ponta de agulha também permanece precificada a R$ 15,40, por quilo.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM