Poucas variações nos preços no mercado do boi gordo

Segundo analista, o país asiático permanece com grande apetite pela carne brasileira, fazendo com que o mercado de exportação sustente o preço da arroba!

O mercado doméstico está lento e o prolongamento do isolamento social, associado à aproximação da segunda quinzena do mês, colabora para que esse cenário se mantenha.

No entanto, o bom desempenho da exportação contribui para a manutenção da cotação firme, apesar do consumo no mercado interno deixando a desejar. Foram poucas as variações de preço do boi gordo na última terça-feira (12/5).

Expectativas

É esperado um aumento gradativo da disponibilidade de boiadas para abate com o final de safra. Com isso, a tendência é de mercado mais frouxo. Vale ressaltar que 2020 é de retenção de fêmeas, com um final de safra menos pressionado.

Segundo Agência Safras

O mercado físico do boi gordo teve preços estáveis nesta terça-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos relatam que a demanda está fraca mesmo em um período tradicional do ano de grande consumo. “As linhas de cortes premium seguem com dificuldade de escoamento, resultado do fechamento de bares, restaurantes, redes hoteleiras e outros estabelecimentos comerciais”, assinalou.

A diferença para o mercado neste momento está na negociação de animais que cumprem os requisitos exigidos por importadores da China, com um ágio sobre os animais comuns chegam a até R$ 10 por arroba. O país asiático permanece com grande apetite por proteína animal diante do surto de Peste Suína Africana (PSA).

Em São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 194 a arroba. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços permaneceram em R$ 184 a arroba. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 176, a arroba, inalterados. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 180 a arroba, estável. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 172 a arroba.

Atacado 

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere para alguma queda nos preços do corte traseiro e manutenção dos demais cortes, algo natural em meio ao perfil da demanda com a crise deflagrada pela pandemia.

A preferência do consumidor médio ainda recai sobre cortes mais acessíveis, a exemplo do dianteiro bovino, carne de frango e ovos. O corte traseiro teve preço de R$ 13,35 o quilo. A ponta de agulha ficou em R$ 10,70 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 11,30 o quilo.

Compre Rural com informações da Scot Consultoria e Agência Safras

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