Preço da arroba dispara em busca do recorde de R$ 300

Apagão da boiada pronta pra abate traz onda de valorização de norte a sul no país, dificultando a vida das indústrias que abriram o dia ofertando mais pelo boi!

O mercado físico de boi gordo teve preços mais altos nesta quinta-feira, 07, mostrando a grande necessidade e dificuldade da indústria em adquirir a matéria prima. Diante desse cenário, os preços voltaram a ultrapassar a casa dos R$ 280,00 nas principais praças pecuárias do país. Preços da arroba buscam novo recorde acima de R$ 300,00; ele vai chegar?

Com a oferta de gado terminado ainda pequena e vendedores fora dos negócios, os preços subiram mais uma vez em São Paulo. As escalas de abate ainda curtas pressionam as cotações. Veja como está o mercado!

Segundo comparação diária, segundo a Scot Consultoria, os frigoríficos abriram mais um dia ofertando preços mais altas pelo boi gordo. “Na comparação diária, a cotação do boi gordo subiu R$3,00/@, já a da vaca gorda R$2,00/@ e a da novilha R$1,00/@, apregoados respectivamente em R$275,00/@, R$256,00/@ e R$263/@, preços brutos e à vista”, apontou a consultoria.

Alta em 25 das 32 praças monitoradas pela Scot Consultoria. “As cotações estão subindo nesta primeira semana do ano na maior parte das praças monitoradas pela Scot Consultoria e hoje não foi diferente. A oferta reduzida e as escalas de abate enxutas tem pressionado os preços”, ressaltou.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 279,74/@, na quinta-feira (07/01), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 275,24/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 265,48/@.

Os preços nas praças paulistas, segundo o app, tiveram uma variação de R$ 273,00 a R$ 282,00/@. A nova onda de valorização trouxe impacto no preço da arroba frente aos seus concorrentes internacionais, fazendo com que o preço atingisse novamente o patamar de U$ 51,34 e colocasse o Brasil novamente em quarto lugar.

Já o Indicador do Cepea, teve nova valorização diária de quase 2% e voltou ao patamar de R$ 280,10/@.

A oferta de animais terminados, prontos para o abate, permanece muito restrita, com os frigoríficos absorvendo lotes residuais dos confinamentos. Já no Sudeste e no Sul, os animais de pasto devem estar aptos ao abate apenas em meados de março, garantindo um ambiente pautado pela restrição de oferta nas próximas semanas.

Na B3, o contrato futuro de janeiro/21 encerrou a R$ 280,00/@, alinhado com os preços atuais do balcão, demonstrando valorização de 0,90% na comparação diária. O maio/21, um dos contratos chave, fechou em R$ 274,50/@, alta diária de 0,77%.

Novos recordes podem acontecer

Segundo pesquisadores do Cepea, os principais fatores que fundamentam esse cenário mais otimista estão relacionados à demanda externa e à possível continuidade de oferta restrita de animais para abate neste ano, sobretudo no primeiro semestre. Ainda que com menor intensidade, outro fator que pode influenciar uma sustentação nos preços internos é a demanda doméstica, que pode se aquecer neste ano, à medida que a economia brasileira se recupere. 

Giro do boi gordo pelo Brasil

Em São Paulo, Capital, a arroba do boi ficou a R$ 277, ante R$ 275 a arroba ontem. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 270, contra R$ 265. Em Dourados (MS), a arroba subiu de R$ 263 para R$ 265. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 256,00, contra R$ 251,00; em Uberaba, Minas Gerais, a R$ 272, ante R$ 270. 

Atacado

No mercado atacadista, os preços ficaram estáveis. Conforme Iglesias, ainda é aguardada alguma alta dos preços no curto prazo, em linha com a boa reposição que vem sendo observada entre atacado e varejo nesta primeira semana do ano. No entanto, a condição macroeconômica ainda remete ao consumo de  proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango e dos ovos de galinha.

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,50 o quilo, estável, enquanto a ponta de agulha seguiu em  R$ 14,70 o quilo.

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